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Editorial - Opinião sem medo!

Que não seja como os antecessores!

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Em 2017 quando a atual gestão assumiu a administração de Nova Serrana foi pregado que Nova Serrana viveria um novo tempo. Sim o termo pregado aqui caro leitor, foi pensado com cautela e faz alusão ao fator religioso da base da atual administração.

Como em um processo de conversão religioso, o Novo Tempo, foi propagado nos ouvidos dos eleitores ainda durante o período eleitoral e claro, após assumir o governo foi ainda mais propagado que a cidade viveria tempos diferentes.

De fato isso aconteceu, afinal, alguns muitos problemas foram presenciados pela primeira vez pela gestão municipal, e para não sermos injustos alguns deles nem foram necessariamente culpa do atual prefeito.

Não foi culpa, mas se tornaram responsabilidades. As pontes de 90 dias para conclusão acabam tendo sua conclusão prorrogada por meses, por ano. A crise financeira do Estado atingiu o município como nunca antes aconteceu, e para elucidarmos e darmos o rumo que desejamos, a crise política se instaurou no município como nunca antes aconteceu.

O fato é que em diversas vezes em meio às crises os defensores, cabos eleitorais, ou simplesmente bajuladores de plantão voltam aos velhos tempos para justificar as decisões tomadas no presente.

As comparações com o passado são trazidas em debate todas as vezes que as considerações dotadas pelos atuais gestores de alguma forma desagradam a oposição ou até a percepção popular.

Nesta terça-feira esse argumento foi novamente colocado em pauta, quando se ouviu membros da base politica do prefeito defenderem um maior crédito de subvenção para a atual gestão.

Os membros da base trouxeram à tona os absurdos percentuais utilizados no passado para mostrar que os percentuais que serão aplicados em 2020. Não somente quanto a isso, mas em praticamente todas as questões polêmicas sempre se aponta o que Paulo e Joel faziam a frente da cidade.

A questão que ainda não entenderam é que a comparação com o passado não é argumento de isenção para o descontentamento com situações atualmente presenciadas e isso por dois motivos.

O primeiro porque nunca se nivela por baixo, e se por acaso os atuais gestores tem tanta consciência e certeza que sua gestão é superior e melhor do que as passadas, então as mesmas não servem como critério de comparação.

A segunda e mais frustrante para esse Popular e para boa parte da população, é justamente porque a esperança era de um Novo Tempo verdadeiro, e não de praticas e costumes passados maquiados em novas palavras pregadas como discursos religiosos.

É frustrante ver que as pessoas que se propuseram a fazer tudo diferente, usar as práticas antigas para tentar mostrar que o presente é menos pior do que o que já se presenciou.

Como já ponderamos em editoriais anteriores, os erros do passado servem não para comparação, mas sim para aprendizado e quando vemos velhas práticas voltando a ventilar em nosso cenário político percebemos que de novo, só tem o tempo que vem passando de forma alucinada, sem que mudanças mais drásticas sejam notadas.

Não podemos deixar de lembrar que a reforma administrativa prometida não aconteceu depois de dois anos e meio de gestão que prometia uma cidade diferente, mas o que se percebe são obras inacabadas, uma máquina inchada e as velhas carências permanecendo presentes no dia a dia da população.

Tudo bem, R$ 30 milhões foram aprovados de subvenção, isso ocorreu claro porque os seis foram tirados do baralho, mas agora observamos e aguardamos para que esse recurso seja aplicado de forma diferente.

Esperamos que os 12% não sejam apenas um alento eleitoreiro para um governo que vai tentar entregar tudo que não fez em dois anos em meio nos próximos 12 meses anteriores ao período eleitoral, exatamente como era feito pelos antecessores do governo do Novo Tempo.

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