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Quase 40% das cidades de Minas aderiram ao consórcio para a compra de vacinas

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Prefeituras de 337 municípios mineiros manifestaram interesse em fazer parte do consórcio para a compra de vacinas contra a Covid-19. O número de prefeituras interessadas representa quase 40% das 853 das cidades mineiras.

Ao todo, 1.703 municípios do país demonstraram interesse em fazer parte da iniciativa, liderada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

A previsão é que o consórcio seja efetivamente instalado até o dia 22 de março. Na sexta-feira, 05 de março, as cidades devem receber um modelo de projeto de lei para ser enviado às câmaras municipais para que as prefeituras participem das compras.

A ideia é que os municípios possam comprar as vacinas por conta própria caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização (PNI) ou caso as doses previstas sejam insuficientes.

Em coletiva de imprensa hoje, o Secretário Adjunto de Saúde de Minas Gerais, Marcelo Cabral, afirmou que o Estado não pretende comprar vacinas por conta própria. “Estamos seguindo o critério epidemiológico, o planejamento está sendo feito da melhor forma possível. Se o Estado comprasse, nós não teríamos prioridade na fila, nós certamente executaríamos depois do governo federal. Imagina gastar dinheiro público e comprar para o Ministerio da Saúde entregar antes? Seria uma compra irresponsável, inoportuna“, questiona.

De acordo com a FNP, o consórcio trabalhará “com todas vacinas disponíveis” que não estiverem no escopo do Ministério da Saúde, mas que possuam aprovação para utilização na Anvisa ou em organismos internacionais.

Nos próximos dias, a entidade irá visitar a fábrica da União Química, em Guarulhos, em São Paulo. A empresa é a responsável pela produção da vacina russa Sputnik-V.

“Vamos adquirir um maior número possível de vacinas. Se nós conseguirmos recursos do Governo Federal, colocaremos todas as vacinas no plano nacional. É isso que foi dito, e vamos colocar isso agora à prova. Se não conseguirmos, vamos distribuir de acordo com a cota de cada município. O que não pode é os prefeitos ficarem de braços cruzados. Superamos o debate se a vacina faz mal ou não. A população quer se vacinar”, informou, na última segunda-feira (1), o presidente da entidade, Jonas Donizette.

Além da possibilidade de financiamento federal e da cotização entre municípios, a FNP trabalha com a possibilidade de empréstimos com organizações internacionais ou até mesmo com a colaboração da iniciativa privada brasileira.

A FNP reúne 412 cidades com mais de 80 mil habitantes, o que representa todas as capitais e 61% da população. Entretanto, a manifestação de interesse ao consórcio foi aberta aos 5.645 municípios brasileiros. Não haverá custos de adesão, sendo que os gastos para legitimar a formação da associação serão custeados pela frente de prefeitos.

Fonte: Por LETÍCIA FONTES –  O TEMPO

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