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Quando religião e política se misturam!

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Os cristãos têm a Bíblia como o livro que guia seus caminhos e determina, como em um manual, o caminho que os leva para o céu. Nesse livro existem diretrizes, mandamentos e orientações “Divinas”, que levam os seus fieis a determinarem ou pelo menos, entenderem como deve ser sua conduta aqui na terra na trajetória para a terra prometida.

Dentro de suas páginas existem uma série de textos, histórias, parábolas, que colocam em conflito a natureza humana (considerada pecadora), e os valores Divinos, e assim aqui podemos afirmar que, na Bíblia é claro que quando se mistura política e religião, o final da história não é das melhores.

Ao observarmos os principais fatos políticos da Bíblia percebemos que quando o homem coloca suas mãos no processo que seria de Deus, a tendência é que a coisa dê errado. Por exemplo, como aconteceu com a eleição de Saul, um rei que todos queriam, mas que não era o escolhido por Deus.

Se olharmos para os 10 mandamentos, vamos encontrar uma série de crimes que são normalmente aplicados na política, e aqui caros leitores, iniciamos nossa trajetória para expor nosso pensamento de que, quando a política e a religião se misturam, o pecado, ou melhor o crime acaba sendo tema do parágrafo final dessa fábula.

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Impossível de vermos esse mandamento sendo cumprido na política. Claro que se os vereadores e o prefeito são eleitos para representarem o povo, eles deveriam ser amados, colocados em primeiro lugar. Mas temos que lembrar que com a política vem o poder e daí pra frente o caminho sem volta determina a degradação amoral.

Ganhar nas custas dos outros, pisar no seu companheiro por ser de um partido ou defender filosofia diferente, tramar, fabular e conspirar contra os interesses do próximo ao bel prazer é o que os políticos fazem em sua essência.

“Não furtarás” Esse merecia então gargalhadas, se o fato não fosse tão trágico. A corrupção é algo impregnado no meio político e aqui colocamos um adendo parafraseando um vereador de Nova Serrana que fez um citação Bíblica, “aquele, pois que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado, isso está registrado no evangelho de Tiago 4:17”, sendo assim entendemos que se você não rouba na política mas é conivente com o sistema, automaticamente você é tão ladrão quanto.

“Não desejarás os bens do próximo”. Se tem uma coisa que faz parte da política é a ganância e a inveja, e isso agora está sendo levado para outros patamares, se deseja o salário, o poder, o terreno; e se não for assim, o político é um servo do diabo, enviado para atrapalhar o crescimento do reino de Deus.

Se não estamos enganados, esse pensamento parte dos próprios políticos que fazem suas ações voltadas para seu interesse pessoal, querendo os votos, a aprovação, a benção dos outros, para que os frutos sejam colhidos no período eleitoral.

Assim temos uma prática inconstitucional, que é a doação de áreas sendo praticada desde os primórdios da cidade, não com objetivo social (mentira sendo praticada), mas sim pelo interesse eleitoreiro, e assim todos fizeram, e agora, o governo do novo tempo, também tenta promover esta prática.

Se não estamos enganados, na Bíblia é clara a colocação de que “a Cesar se dá o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”. Sendo assim méritos políticos, questões políticas devem ser colocadas de forma distinta das questões religiosas, para que Deus não se torne novamente uma figura de comércio, que nesse caso, é trocado por votos valorosos no próximo período eleitoral.

Já finalizando sem claro chegar ao fim do paralelo entre o livro sagrado e o mundo sujo da política, até porque teríamos temas para milhares de editoriais, queremos ressaltar as falas de Ricardo Tobias afirmando que as igrejas por si só, são instrumento que praticam o bem social.

Ora essa é a missão da igreja, foi essa a ordem que Deus deu ao determinar o ide. Porém lá na Bíblia não se fala que essa ordem deve ser cumprida com a instituição manchando o nome de Deus com polêmicas “projetos que beneficiam” as instituições.

Pelo contrário, pelo simples fato de exporem o nome e as doutrinas divinas em um meio tão obscuro, já são dignas de preces e perdão, afinal “Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” Mateus 18:6,7.

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