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Protestos em frente quartéis pedem intervenção militar em 8 Estados e no DF

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) realizam protestos, na porta de quartéis militares em diversas cidades do Brasil, nesta quarta-feira (2/11). Os atos integram uma onda de manifestos iniciados, ainda na noite do último domingo (30/10), após a derrota de Bolsonaro na disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com discursos que contestam os resultados das urnas eletrônicas.

Há registro de atos no Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Em Minas, além de Belo Horizonte, com atos programados desde o início da manhã na 4ª Região Militar, na avenida Raja Gabáglia, e à tarde no 12º Batalhão de Infantaria, no Barro Preto, a reportagem de O TEMPO contabilizou registros bolsonaristas em regiões militares de outras cidades mineiras.

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, os apoiadores se concentraram na frente do 36° Batalhão de Infantaria Mecanizado, no bairro Jaraguá. Em Montes Claros também houve mobilização em avenidas e ruas da cidade e também nas imediações do 55º Batalhão de Infantaria. No Sul de Minas, em Poços de Caldas, bolsonaristas fizeram uma caminhada em direção ao Tiro de Guerra, área militar do município.

Já no Rio de Janeiro, o principal ato bolsonarista se concentrou na capital carioca, com concentração de manifestantes na porta do Comando Militar do Lestem em frente ao Palácio Duque de Caxias. Em São Paulo, manifestantes fecharam a avenida Alfredo Pujol, em Santana (zona norte), na manhã desta quarta-feira (2) em frente ao Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército.

O trânsito ficou bloqueado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)  no trecho entre as ruas Chemin Del Pra e Embaixador João Neves da Fontoura. O grupo, em sua maioria formado por idosos e pessoas brancas de meia idade, que se concentraram em um trecho bem menor de cerca de 50 metros, com placas de “Intervenção Já!” e gritos de “eu autorizo”.

Nas conversas entre manifestantes, eles definiam esta quarta-feira como o “dia D”, criticavam o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e esperavam uma reação dos militares. Um deles disse que, “se o Exército entrar, aí a gente vai todo dia para rua”.

Brasília

Centenas de bolsonaristas passaram a madrugada de terça para quarta-feira (2) acampados na praça e no gramado em frente ao Quartel General (QG) do Exército Brasíleiro, que fica no Setor Militar Urbano, no Plano Piloto de Brasília. Os manifestantes pediam intervenção militar.

Em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, o protesto também ocorreu em região militar e houve saudação nazista durante a execução do Hino Nacional Brasileiro. O fato está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado.

Pedido de intervenção é ilegal

A declaração de manifestantes que fecham rodovias — estaduais e federais — pelo país sobre a existência de uma fraude nas eleições deste ano não encontra amparo legal. A Justiça Eleitoral, além de entidades nacionais e internacionais que participaram da fiscalização do pleito, confirmaram a lisura do processo.

Da mesma forma, a possibilidade de uma “intervenção militar” com base no artigo 142 da Constituição, pedida por grupos de manifestantes, Não tem respaldo da lei brasileira e pode resultar em processo judicial para quem fizer esse pedido.

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Fonte: O Tempo/Folhapress

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