Câmara Municipal de Nova Serrana
“Projeto da Delegacia” é reprovado pelos vereadores
Os vereadores de Nova Serrana reprovaram o projeto 111/2019 do executivo municipal, que tinha como objetivo a venda de duas áreas municipais para reversão dos recursos para a construção de uma nova sede para a Delegacia Regional da Polícia Civil em Nova Serrana.
A pauta que desde outubro do ano passado tramitava no legislativo foi reprovada por seis vereadores que indicaram em suas falas que, o projeto como foi enviado para o legislativo tem o objetivo apenas de “fazer caixa” para o executivo.
Projeto debatido
Sendo o único projeto a ser deliberado para plenário na noite de terça-feira dia 04 de fevereiro, no retorno das atividades da Câmara após o recesso, os vereadores debateram a proposta no plenário e os edis expuseram várias colocações que justificaram seus posicionamentos.
Segundo o vereador Cabral (Pros), da forma como foi mandado o projeto seria impossível que o mesmo fosse aceito pelos edis. Cabral afirmou que “esse projeto não pode ser aprovado como está. O terreno ao lado do presídio pode ser usado para ampliação da unidade, sem falar que esse valor é irrisório, não se tem nem mesmo o projeto, aqui fala sobre convênio assinado entre os municípios mas não tem nada certo, a responsabilidade dessa obra não pode ser exclusiva de Nova Serrana”, disse o vereador.
Seguindo em seu pronunciamento, Cabral afirmou que “nós somos suplentes, mas não somos bobos não, esse projeto é para bobo, ele é para fazer caixa, fazer política, o executivo nós não somos bobos e esse projeto não será aprovado nessa casa”, afirmou o vereador.
Um dos lideres da base do executivo na câmara, vereador Jadir Chanel (MDB) se posicionou de forma contrária ao vereador Cabral. “Temos aqui a função do vereador que é de legislar pela população gostando ou não da pessoa do outro político, mas eu respeito o ponto de vista do colega, mas tenho o meu que é absolutamente diferente. A cidade precisa dessa obra, é necessário se iniciar o projeto, a construção para que outros possam encaminhar recursos federais e estaduais para realização dessa obra, por isso sou favorável a essa proposta”, expôs Jadir.
Por sua vez o vereador Willian Barcelos (MDB) apontou que da forma como o projeto estava não teria com aprovar, isso porque os terrenos não são os mais adequados para a venda. “Esses terrenos são ao lado do presídio e eles têm mais serventia para uma ampliação do presídio do que para essa venda. Terreno para venda tem, tem lote que querem dar pra igreja porque não os vendem? Dessa forma como está aqui é sim para fazer caixa, se retirar esse projeto e retornar com outros terrenos até sou favorável, mas como está aqui meu voto é contrário.
Já o vereador Chiquinho do Planalto, falou com o líder que o projeto deveria ser retirado, pois da forma como estava ele não seria aprovado. “nós sabemos da importância que é para o município construir a delegacia, mas esse terreno do lado do presídio não será aceito. Deixo aqui minha consideração à presidência que tenha sensibilidade porque assim esse projeto será negado e só poderá ser votado novamente no próximo ano, então ele poderia ser retirado, alterado a área e ai sim, seria aprovado pela casa”. Considerou Chiquinho.
Contudo o vereador Pr. Giovane Máximo (MDB) líder do governo na câmara salientou que o projeto deveria ser votado e não seria retirado de pauta.
Por fim ainda antes do encerramento das considerações, o vereador Zé Faquinha (Avante) questionou os valores propostos para as áreas pelos avaliadores, conforme informado no projeto.
“esse lote por 70 mil eu compro, quase 300 metros por R$ 70 mil ali naquela região é muito barato, o meu, da minha casa é inferior aquela área e custou R$ 140 mil, esse terreno deveria ser reavaliado porque será que aquela região desvalorizou tanto assim?” questionou o vereador.
Votação
Após ser discutido o projeto foi colocado em votação e foi negado por seis votos contrário, cinco favoráveis e uma abstenção. Votaram contrários ao projeto os vereadores Willian Barcelos, Terezinha do Salão (PTB), Zé Alberto (PV) , Remirto José (PEN), Cabral (Pros) e Zé Faquinha.
Favoráveis a proposta foram os vereadores, Pr Giovane Máximo e Jadir Chanel (MDB), Doia Ceará e Sandro Moret (PCdoB) e Wantuir Paraguai (PSDB).
Chiquinho do Planalto (PSD) por sua vez se absteve de votar.