Assédio sexual
Professor é suspeito de assediar ao menos sete alunos em escola mineira
Um professor de uma escola estadual localizada na região do Barreiro, em Belo Horizonte, é investigado pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) suspeito de assediar sexualmente de pelo menos sete alunos com idades entre 12 e 14 anos.
Na semana passada, as mães dos adolescentes procuraram a secretaria da Escola Estadual Celso Machado, no bairro Milionários, e formalizaram a denúncia. As mulheres também procuraram a Polícia Militar (PM) e realizaram um boletim de ocorrência contra o professor.
De acordo com as denunciantes, o homem assedia somente meninos. Em um dos casos o professor teria colocado a mão nas partes íntimas do adolescente e perguntado: “Você é cozinheiro? Olha o tamanho da linguiça”.
Na hora do recreio o professor fazia questão de servir ao adolescente. No prato, o professor colocava dois ovos e uma linguiça. Ao entregar o prato para o aluno, o homem teria dito “olha o tamanho do pênis”.
Em outro caso, o professor teria dito para outro adolescente “ou você se masturba ou comete suicídio”.
Perseguição e pedido de ajuda
Além da denúncia de assédio sexual, as mães dos estudantes dizem estar com medo do professor, que começou a persegui-las pelo bairro após ele ter sido afastado de suas funções.
As mulheres ainda pedem ajuda para arcar com auxílio psicológico para as crianças que após viverem momentos de assédio sexual constantes sofrem de insônia, pesadelos e aparecimento de manchas e caroços pelo corpo.
“Meu filho quando está dormindo ele fica gritando para, para. Ele desenvolveu caroços pelo corpo. Cada criança e adolescente desenvolveram algum tipo de transtorno após o ocorrido. Eles precisam de ajuda emocional e infelizmente não podemos pagar por isso, então cuidamos deles da forma que sabemos e podemos”, disse uma mãe, que preferiu o anonimato por medo de represálias, que teve o filho assediado.
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que o servidor encontra-se afastado das atividades na unidade escolar desde o início das denúncias.
“Ressaltamos que após avaliação da Controladoria Setorial da pasta, foi publicado o afastamento preventivo do profissional, enquanto o processo administrativo segue em andamento para a tomada das medidas cabíveis.
A SEE/MG ressalta que repudia quaisquer manifestações de violência e assédio sexual, bem como reforça que a escola é um espaço sociocultural de valorização das práticas de respeito.
A SEE não compactua com eventuais desvios de conduta de seus servidores, os quais são apurados com rigor e celeridade, guardando o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Além disso, a pasta está elaborando um Plano de Enfrentamento ao Assédio Sexual nas Instituições de Ensino, em parceria com a Controladoria Geral de Estado, para atuar em três frentes: prevenção, detecção e apuração. O intuito é prevenir a ocorrência da conduta, além de aprimorar o tratamento dado após a ocorrência do ilícito