Nova Serrana

Primeiro LIRAa de 2024 detecta um preocupante aumento no número de focos do mosquito aedes aegypti

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Imagem: Prefeitura de Nova Serrana

O primeiro Levantamento do índice Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAa) deste ano acabou de ser realizado pela Vigilância Epidemiológica de Nova Serrana. Entre os dias 22 e 25 de janeiro, todo o efetivo de agentes da Vigilância estiveram nas ruas coletando as informações para o levantamento.

O resultado do primeiro Índice de Infestação Predial (IIP) foi de 8%, o que demonstra um crescimento de quase 100% do último levantamento (que ficou em 4,6 – feito em outubro de 2023), e preocupantemente bem mais alto que o levantamento anterior, de agosto do ano passado, que apresentou o único resultado positivo dos últimos quatro anos, tendo ficado em 0,9%, portanto abaixo do 1%, considerado pelo ministério da Saúde como baixo risco).

Já o resultado atual coloca o município no grupo de alto risco para uma epidemia das arboviroses, com predominância de focos no: Grupo D2 – 45,1%: deste constam lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios, ferros velhos, recicladoras e entulhos).

No Grupo B – vasos, frascos com água, bebedouros em geral, recipientes de degelo, pequenas fontes ornamentais, e materiais de construção – o índice de infestação foi de 22,2%. O Grupo C – tanques, depósitos em obras, borracharias, hortas, calhas, e lajes em desníveis, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, caixas de inspeção/ passagem – ficou em 20,8%; o Grupo D1, de pneus e outros materiais rodantes, obteve 8,5%.

O Grupo A2, 2%: depósitos ao nível do solo (consumo doméstico, (barril, tonéis, tambor, tanque, cisterna). Por fim, o grupo A1 (das caixas d’água ligada à rede), registrou 1,4% de infestação.

UBV Costal

A Vigilância Epidemiológica está este ano realizando o UBV Costal, utilizando o produto químico, em bloqueios de bairros que apresentem maior número de casos notificados suspeitos e/ou confirmados das arboviroses. Além disso, o departamento vem realizando as visitas de rotina, com as ações de eliminação, remoção, palestras educativas e atendendo às inúmeras reclamações do decorrer da semana.

Segundo a coordenadora, Idália Carneiro, a Vigilância vem retornando as ações educativas nas salas de espera das unidades de saúde, em parceria com os PSFs e com a Policlínica.

Ela lembra também que o caminhão Cata Treco, uma parceria com a secretaria de Obras e Desenvolvimento Urbano, segue com a ação conjunta. Também continuam as parcerias com a Vigilância Sanitária e com a secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, para reforçar as orientações e cobrar de forma coesa junto aos setores específicos do comércio, uma vez que essa área é o gargalo no combate às arboviroses no município.

Se a população não ajudar, o mosquito ganha a batalha

A coordenadora Idália Carneiro reforça que a corresponsabilidade se faz extremamente necessária. “O setor público faz a sua parte e todo cidadão também precisa abraçar a causa. Não se desenvolvem políticas públicas sem a participação do povo. Mesmo porque não existe um agente de endemias para cada morador ou para cada imóvel. A situação está extremamente preocupante: em quase todos os imóveis visitados temos encontrado focos positivos para aedes Aegypti e para o aedes Albopictus (ambos transmissores de dengue, chikungunya e zika vírus).

Para evitar a dengue, todos devem trabalhar com um único objetivo: evitar a presença do mosquito. É necessário que cada um faça sua parte: os agentes epidemiológicos estão em todos os bairros realizando o trabalho necessário para evitar adoecimento e óbitos. A dengue mata!”, conclui.

Um quadro preocupante em todo o país

O ano de 2024 já tem início com a dengue sendo um dos principais desafios para as autoridades de Saúde em todo o Brasil. Nas primeiras três semanas deste ano, o país registrou mais de 120 mil casos de dengue, o que representa quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram notificados algo em torno de 45 mil casos. Já são, apenas em janeiro, 12 mortes suspeitas pela doença neste início de ano. Duas delas em Minas Gerais.

O país também lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões de casos em 2023. Segundo a OMS, a Organização Mundial da Saúde, esse número corresponde a mais da metade dos 5 milhões registrados no planeta.

Painel de resultados do LIRAa no município de Nova Serrana:

Resultado LIRAa 2021 Resultado LIRAa 2022 Resultado do LIRAa  2023 Resultado LIRAa 2024
Janeiro 6,9%  Alto Risco Janeiro 7,6%   Alto Risco Janeiro 11,2%   Alto Risco Janeiro 8% Alto Risco
Março  8,4%  Alto Risco Maio 3,7%  Médio Risco Maio 2,1%   Médio Risco
Outubro 5,1%  Alto Risco Julho 1,2% Médio risco Agosto  0,9%   Baixo Risco
Outubro 2,8 Médio Risco Outubro 4,6% Alto Risco

(Informações da Prefeitura de Nova Serrana)

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