Na luta contra o avanço da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros estão tendo de ficar atentos à higienização dos mais simples objetos. Até mesmo uma simples caneta pode ser um vetor de transmissão, se compartilhada por muitas mãos. E esse objeto pode ser visto em muitos espaços com grande circulação de pessoas, como casas lotéricas, agências bancárias, cartórios e recepções de unidades de saúde. Além de muito compartilhadas também por motoboys durante as entregas, principalmente em tempos de delivery em alta.
A reportagem do Hoje em Dia esteve em três lotéricas de Belo Horizonte e verificou que as canetas continuam sendo disponibilizadas aos clientes que desejam fazer apostas, mas não ofereciam o álcool em gel para que as pessoas pudessem higienizar as mãos após usá-las.
Agências e lotéricas
A Caixa informou que tomou uma série de medidas para evitar a transmissão do vírus, como reforço no atendimento eletrônico e orientação para que haja distanciamento mínimo de um metro entre funcionários e clientes.
O banco informou ainda que reforçou seu protocolo de limpeza e higienização das unidades priorizando a limpeza das superfícies de contato humano, portas de entrada, maçanetas e vidros do entorno, teclados dos ATM, balcões de caixa e estações de trabalho, cadeiras e longarinas dos clientes, portas dos banheiros, torneiras e aparelhos sanitários com periodicidade mínima de 6 vezes ao dia. “Outra medida foi a compra de álcool gel e máscaras para uso dos empregados que estão no atendimento. E para as unidades com maior fluxo de clientes o banco já iniciou a instalação de proteção frontal de vidro nas baterias de caixas e distribuição da proteção facial em acrílico aos empregados”,afirmou.
Para as agências lotéricas, as recomendações de distanciamento e higienização são as mesmas. Cabe aos donos dos estabelecimentos cumprir as exigências para garantir a segurança de clientes e funcionários.
Saúde
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), não há determinações específicas sobre desinfecção de materiais de escritório nas unidades hospitalares, uma vez que a orientação central é no sentido da higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel.
“Essa prática é válida também para qualquer usuário dos serviços de saúde, sendo uma orientação frequente em relação ao contato com qualquer superfície ou objetos, tais como: maçanetas de portas, corrimão de escadas, volante de veículos, etc”, afirmou a secretaria.
O Hospital das Clínicas da UFMG, por exemplo, realiza ações educativas para pacientes e trabalhadores sobre os cuidados para se evitar a transmissão do coronavírus, orientando-os em relação à necessidade da higienização frequente das mãos. Para isso, disponibiliza em todos os seus andares e unidades álcool em gel 70% e banheiros com lavatórios com água e sabão. Quem compartilha um objeto, como uma caneta, pode logo higienizar as mãos.
Legislação
Nesta quinta-feira (16), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou um projeto de lei que obriga o uso de máscaras em todo Estado durante a quarentena e obriga que estabelecimentos comerciais ofereçam a funcionários e consumidores recursos para higienização pessoal. O descumprimento das medidas estabelecidas sujeitará os infratores a sanções previstas no Código de Saúde do Estado ou no Código de Defesa do Consumidor.
A reportagem entrou em contato com a Associação dos Empresários Lotéricos para saber se há orientação às unidades para se oferecer álcool em gel aos clientes, mas ainda não obteve retorno.
- Fonte: Hoje em Dia