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Saúde

Preocupante: em 10 anos, dobra o número e mortes, por queda de pessoas idosas

O número de hospitalizações no Estado não foi informado pelo governo federal. Entre os motivos da alta, está o envelhecimento da população no Brasil – número de idosos cresceu 57% nos últimos 12 anos – e maior independência desse público.

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TODO CUIDADO É POUCO – Tropeçar e cair quando se tem mais de 60 anos pode significar o fim de uma vida independente para caminhar, ir às compras e executar outras tarefas do dia a dia. Em casos mais graves, pode até mesmo matar. Dados do SUS, enviados pelo governo federal, mostram que, em dez anos, dobrou o número de atendimentos hospitalares por queda entre idosos no país – de 16.535, em 2013, para 33.544 em 2022 – e de mortes – de 4.816 para 9.592, média de 26 óbitos por dia.

Em Minas, o aumento de mortes foi ainda maior (176%): de 431 para 1.192 no período. O número de hospitalizações no Estado não foi informado pelo governo federal. Entre os motivos da alta, está o envelhecimento da população no Brasil – número de idosos cresceu 57% nos últimos 12 anos – e maior independência desse público.

“Se pensarmos em 20 anos atrás, o idoso sempre morava com a família ou um acompanhante. Hoje, o idoso mora sozinho, faz as suas atividades, vai ao mercado fazer compras, limpa a casa”, exemplifica o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Fernando Baldy dos Reis.

As quedas são a terceira causa de morte entre as pessoas com mais de 65 anos no Brasil. O risco de óbito é maior até um ano após o acidente. “Quando acontece a fratura do quadril, 80% dos pacientes não voltam a ser exatamente como eram antes”, relata o diretor da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, Gustavo Tadeu Sanchez.

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