Nova Serrana
Prefeitura de Nova Serrana firma parceria com universidades para tratamento e prevenção da doença de chagas
Profissionais de quatro universidades mineiras e paulistas se reúnem com secretaria de Saúde do município para apresentar projeto de tratamento da doença
Na última quarta-feira, dia 5 de outubro, o auditório do Centro Administrativo foi palco de uma importante reunião coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde e o projeto SaMi-Trop/TrataChagas – centro de medicina tropical que une São Paulo e Minas Gerais no tratamento da doença de Chagas.
O Samitrop reúne pesquisadores de quatro universidades (USP – Universidade de São Paulo, UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, UFSJ- Universidade Federal de São João del-Rei/ Campus Divinópolis e a Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros).
Um dos objetivos do projeto é identificar as principais barreiras do não tratamento da doença de Chagas e Nova Serrana foi o município escolhido para participar do projeto. Segundo a coordenação do SaMi-Trop, espera-se com este projeto trazer intervenções duradouras para o município, no que tange ao tratamento da Doença de Chagas.
A ideia é identificar as barreiras e os facilitadores relacionados ao tratamento antiparasitário da doença no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), bem como auxiliar o município no enfrentamento da doença por meio da implementação de intervenção adaptadas ao contexto local e avaliação periódica das mesmas.
O que é a Doença de Chagas
A doença de Chagas (DC) é uma doença tropical negligenciada, de expressiva morbimortalidade. Apresenta-se clinicamente em duas fases distintas, a aguda (aparente ou não) e a crônica, esta última podendo manifestar-se nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Apesar da grande redução na incidência dos casos de doença de Chagas aguda, evidencia-se nos últimos 15 anos a ocorrência sistemática destes casos relacionados à transmissão oral pela ingestão de alimentos contaminados.
Em 1909 a doença de Chagas foi descoberta pelo sanitarista brasileiro Carlos Chagas que, na ocasião, combatia a malária no interior de Minas Gerais. O vetor da doença é o protozoário Trypanosoma cruzi, que usa o barbeiro como hospedeiro.
Em 2020, foram confirmados 146 casos do caso agudo da doença no Brasil: a região Norte apresentou a maior taxa de incidência da doença; a maioria dos casos era do sexo masculino e cerca de 6% das mulheres estavam gestantes.