Dores do Indaia
Prefeitura de Dores Indaiá investiga suposta unidade Ipsemg
A Prefeitura do município de Dores do Indaiá investiga possíveis irregularidades e uma suposta sede do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) instalada na cidade. Apesar do nome na fachada da casa e até mesmo uma funcionária da Prefeitura, supostamente cedida à instituição, o Ipsemg argumenta que não tem nenhum posto de atendimento na cidade há mais de 10 anos.
Segundo o prefeito, Alexandro Coelho Ferreira (PSD), o caso foi descoberto depois que a Câmara Municipal pediu um levantamento para prestação de contas de convênios. A data em que o caso foi descoberto não foi informada.
A produção do MG2 entrou em contato com a suposta funcionária da unidade estadual, Eularia Maria Costa Silva, que está sendo investigada, mas as ligações não foram atendidas. O marido dela indicou o advogado Marcelo Ribeiro Machado para responder sobre o assunto. Mas o profissional disse que não vai se manifestar.
O Ipsemg reforçou que não tem posto de atendimento na cidade e esclareceu ainda que o servidor que precisar de atendimento deve entrar em contato pelo Lig Minas, número 155, site e redes sociais oficiais do instituto. O interessado pode também se deslocar até as cidades de Bom Despacho ou Divinópolis para atendimento presencial.
Unidade fantasma
Na fachada da casa em Dores do Indaiá, tem a indicação de que local funciona a sede de dois institutos de previdência, o municipal Ipsemdi e o estadual, Ipsemg. Mas na verdade se trata de uma fachada falsa.
Uma foto registrada pelo sistema de localização do Google mostra que em 2011, a casa onde há o nome do instituto, tem a fachada alterada. Ou seja, o nome do Instituto Estadual foi colocado na casa pelo menos quatro anos depois do fechamento do posto na cidade.
Em um ofício enviado para a Prefeitura de Dores do Indaiá, o núcleo de Gestão Regional do Ipsemg afirma que não há convênio de cessão de servidor entre o Instituto Estadual e a Prefeitura, e que o Ipsemg não tem conhecimento da prestação de serviços na cidade.
Ainda em resposta ao contato da TV Integração, o Ipsemg reforçou que os atendimentos do instituto na cidade foram encerrados em fevereiro de 2007. Com isso, não permaneceu nenhum servidor que preste atendimento em nome do instituto na cidade.
Contudo, na sala em que a suposta funcionária do Instituto Estadual trabalhava, foram encontrados envelopes de carta, panfletos e requerimentos; tudo com a marca do Instituto Estadual. Alguns deles são, segundo o Instituto, apenas de uso interno.
A suposta funcionária, que não é reconhecida pelo Instituto Estadual, está registrada como auxiliar administrativa do instituto municipal de Dores do Indaiá.
Porém, o próprio Instituto Municipal respondeu ao contato da TV Integração dizendo que não há vínculo com essa funcionária. O prefeito alega que a mulher já faltou ao serviço dizendo fazer atendimentos para o Instituto Estadual, até em outras cidades.
“Eu pedi para que ela me informasse os atendimentos e ela disseque atendia em cidades como Luz, e Serra da Saudade. Ela não fez essa prestação de contas”, disse.
O prefeito Alexandro Coelho Ferreira ainda destacou que, se for comprovada a fraude, o caso será remetido ao Ministério Público. “Após apuração desse processo, se for realmente comprovada a fraude e perda do erário público, iremos encaminhar para o Ministério Público para devidas providências”, finalizou.
Assista a reportagem completa clicando neste link
Fonte: G1 Centro-Oeste
Foto: Tv Integração/Reprodução
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