Preço do tomate e da cenoura em MG devem cair nos próximos dias; entenda

O preço da cenoura e do tomate deve ter redução nos próximos dias. Tudo por causa das temperaturas que começam a baixar. Quem avalia é o coordenador da Câmara Técnica de Olericultura da Secretaria de Estado de Agricultura de Minas Gerais, Jorge Kiril, que também é produtor e associado da Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba. De acordo com ele, a redução já sentida pelos produtores deve chegar aos sacolões em breve. As informações são da Rádio Itatiaia.

“No atacado já ocorreram as reduções de preços e logo ela vai chegar para o consumidor. Há um aumento de oferta de cenoura, no mercado, justamente pelo fato de estarmos no início do outono. Com as temperaturas baixando um pouco, aumenta a produtividade e melhora a qualidade”, explica Kiril. Outro fator que colabora com a redução no preço é a baixa na procura pelo produto. “Com a alta no preço houve uma redução na busca pelo produto. Então, todos esses fatores levam a uma queda no preço”.

O produtor, que é da cidade de São Gotardo, no Triângulo Mineiro, explica porque a cenoura está tão cara. “Nós tivemos o ano de 2021 com preços muito baixos e, associado ao desânimo do produtor em plantar, ocorreu a seca praticamente no início do verão do ano passado. Depois, tivemos um dezembro com muita chuva, que provocou um desastre na lavoura. Dá muita doença e pragas e a cenoura não desenvolve direito, provocando uma redução da produtividade.”

De acordo com ele, o boicote que é quando a população deixa de comprar a cenoura que está com preço muito alto, também tem peso na tentativa de baixar os preços. “Ninguém vai consumir uma cenoura com um preço tão alto. Talvez, em vez de levar dois quilos a pessoa leva um quilo. Então, a redução no consumo também também repercute nos preços. A redução no preço é uma questão natural.”

O tomate também está na mesma expectativa de queda nos preços, nos próximos meses, principalmente se a oferta melhorar. “No caso do tomate ele segue a mesma tendência. São as mesmas regras”, afirma Jorge Kiril.

Foto: imagem ilustrativa Samagro