Colunistas
Precisamos de mais vergonha do que leis!
Os hotéis ainda estão se recuperando da crise de 2015, mas a recuperação está abafada por dois problemas graves, que vieram juntos: a crise da saúde e a econômica. Bares e restaurantes nem se fala, sem nem entrar em detalhes sobre artistas, músicos e técnicos ou profissionais de shows e eventos.
A todo momento decretos e projetos de leis inundam o congresso nacional, assembleias estaduais e câmaras municipais. É uma pandemia do desentendimento total. Parece que de uma hora pra outra todo mundo adquiriu “formação acadêmica” para ser autoridade no julgamento do que é bom ou ruim para a população.
Ao mesmo tempo, as notícias de fraudes e corrupção relacionados à ajuda do Governo Federal para a construção de hospitais de campanha, compra de respiradores, máscaras, luvas e demais equipamentos para o combate ao COVID-19 estouram como a água de uma represa que se rompe, inundando a consciência de todos nós, com o mais profundo sentimento de repulsa.
Penso que brincar de fazer leis é uma situação perversa. Na verdade, os oportunistas com interesses próprios e políticos são nojentos e frente ao sofrimento da população precisam receber uma resposta da sociedade. Essas manobras de jogar as informações sobre os dados do coronavírus para o final da noite é uma coisa inconcebível, coisa de malandragem e porque não dizer, coisa dos verdadeiros inimigos da pátria.
Como digo, a pandemia é de “falta de vergonha”, que protegidos por privilégios invisíveis continuam no anonimato fomentando o caos. No Diário Oficial foram publicados centenas de projetos em tramitação, apresentados ou indicados relacionados apenas ao COVID-19. Nenhum projeto de comprovada eficiência, que faça proposta de solução para a abertura consciente de estabelecimentos produtivos, de recuperação da economia ou tratamento e cura do coronavírus.
Voltando a falar sobre o assunto “Rede Globo”, é incrível o que essa emissora está fazendo. A Globo parece ser a precursora da guerra da informação distorcida com o estilo de grandes programas a que nos acostumamos. Mas chega a ser covarde a forma e maneira de suas coberturas, como as realizadas no final de semana passado.
A manipulação de imagens e entrevistas é descarada e vem apenas reforçar a tese, que precisamos de mais vergonha do que leis. A imprensa livre é fundamental, mas a imprensa “sacana” tem que ser banida e esse tem sido o papel dos veículos de comunicação de grande porte. Felizmente, hoje temos a condição de escolher a “WEBCRACIA”, uma forma maravilhosa de informação que nos permite a escolha e a avaliação do que é verdade ou mentira.
O que a imprensa diz é automaticamente desmentida pela população esclarecida e que já começa a separar as tais fake News da verdade mostrada nas ruas. O fato é que as leis criadas “no joelho” estão esbarrando na vergonha da população em acompanhar tanta incompetência de políticos de rapina.
De alguma forma a mídia está tentando mostrar as fantasias que a consciência política da população já rasgou. Antes do COVID-19 o país vinha resolvendo problemas que se arrastavam por anos. Onde estão os problemas debatidos pela esquerda antes da pandemia? Parece que desapareceram no ar como mágica.
Mas incrivelmente sabemos que muitos foram resolvidos em parte ou estão em andamento. Precisamos de menos leis e mais vergonha, precisamos de mais brasileiridade e menos internacionalização do caos protagonizado por políticos sem a necessária vergonha do que fazem.
Precisamos de respeito e a responsabilidade de cidadãos que vivem juntos, nas ruas ou em confinamento. Mas realmente, não precisamos de uma imprensa leviana noticiando o fim da ética em detrimento de suas contas bancárias ou ainda, políticos que vivem em redomas da impunidade.