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Polícia Federal faz operação Dakovo, contra tráfico internacional de armas

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Operação tem parceria com o Paraguai, duas pessoas foram presas até agora

A Polícia Federal faz, hoje (5), a operação Dakovo, contra um grupo suspeito de tráfico internacional de armas. Os mandados são cumpridos no Brasil e no Paraguai. A quadrilha é suspeita de movimentar 43 mil armas, que seriam entregues a líderes de facções criminosas no país. O valor movimentado no esquema pode chegar a 1,2 bilhão de reais. Com informações de Itatiaia.

As investigações começaram em 2020, na Delegacia da Polícia em Vitória da Conquista na Bahia. Hoje, na mesma cidade, duas pessoas foram presas em flagrante. Com elas havia 23 pistolas de origem croata e dois fuzis com indícios de adulteração, além de munições e carregadores.

O processo está na 2ª Vara Federal de Salvador (BA), que expediu 25 mandados de prisões preventivas, 06 ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Praia Grande/SP, São Bernardo do Campo/SP, Ponta Grossa/PR, Foz do Iguaçu/PR, Brasília/DF e Belo Horizonte/MG.

A operação da Polícia Federal da Bahia tem parceria com o Ministério Público Federal e participação do governo do Paraguai, por meio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e do Ministério Público do Paraguai. A operação também teve participação da FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

Na rede social X, o Ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, falou sobre a articulação internacional que permitiu a operação.

O esquema

As investigações realizadas pela PF apontaram que uma empresa sediada em Assunção (Paraguai), importava milhares de armas como pistolas, fuzis e munições de fabricantes europeus da Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

Após chegarem ao Paraguai, as armas tinham numeração raspada e eram revendidas a intermediários na fronteira do Brasil com o Paraguai. Dali, eram revendidas às principais facções criminosas do Brasil. De acordo com a PF, a engrenagem era complexa e multimilionária.

A estimativa é de que, desde 2020, a empresa investigada importou cerca de 43 mil armas da Europa para o Paraguai e movimentou cerca de 1,2 bilhão de reais com o tráfico das armas para o Brasil.

Nos mesmos três anos, foram 67 apreensões com um total de 659 armas retiradas de circulação no Brasil. As apreensões foram feitas em 10 estados brasileiros, o que evidencia a capilaridade do esquema: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.

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