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Polícia Civil apura morte de bebê que teria sido decapitado durante parto em BH

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Caso foi registrado no Hospital das Clínicas da UFMG — Foto: Alex de Jesus

Instituição policial confirmou que instaurou inquérito e que procedimentos estão sendo realizados

A morte de um bebê na hora do parto, supostamente após ter a cabeça arrancada pela médica no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte, é investigada pela Polícia Civil. O caso aconteceu no último dia 1º de maio e foi denunciado neste domingo (7 de maio) a O TEMPO pela família da criança, que está completamente abalada. As informações são de O Tempo.

Por meio de uma nota, a instituição policial confirmou que instaurou um inquérito para apurar as “causas e circunstâncias” do ocorrido. “A PCMG esclarece que procedimentos estão sendo realizados com o intuito de elucidar o caso. Tão logo seja possível, outras informações serão divulgadas”, completou a Polícia Civil.

O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) também foi questionado se algum procedimento interno será aberto e se a médica pode ter o seu registro cassado, porém, a instituição ainda não se posicionou.

A mãe da criança, uma mulher de 34 anos, registrou um boletim de ocorrência após a morte do filho no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

De acordo com o registro, feito dois dias depois na Polícia Civil, a gestante contou que estava com 28 semanas e teve pressão alta. Por causa disso, ela ficou internada na unidade de saúde, onde foi optado pelo parto induzido.

O pai da criança e a mãe da grávida acompanharam o parto. O homem relatou para a polícia que viu o rosto de sua filha e viu que ela mexia a boca e os olhos, mas que momentos depois percebeu que a médica tinha arrancado a cabeça da criança.

Ainda na versão dos familiares à polícia, a médica pediu desculpas e a assistente social da unidade de saúde disse que o hospital arcaria com todos os custos do sepultamento. A necropsia da bebê também teria sido feita no hospital e o corpo não teria sido encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) após a morte.

“Com a ocorrência conseguimos a remoção do corpo do hospital para o IML, porque nem isso o hospital queria liberar para que a família fizesse qualquer procedimento, inclusive enterro e velório, por que eles falaram que eles lidariam com essa situação do sepultamento. Amanhã sai o resultado preliminar da necropsia e também uma guia preliminar para a mãe da criança. Ela está com mais de 60 pontos, não consegue andar e está muito mal psicologicamente”, explicou a advogada Aline Fernandes, que representa a família da vítima.

Ainda segundo o registro no boletim de ocorrência, familiares acompanhavam o parto através de um vidro. Eles teriam presenciado a médica subindo sobre a barriga da mãe enquanto puxava a criança, que, ao nascer, teve a cabeça arrancada do corpo. Conforme a advogada da família,  a criança inclusive teria tido a cabeça costurada para que a mãe pudesse carregá-la.

A reportagem de O TEMPO procurou a assessoria do Hospital das Clínicas (HC). Por meio de uma nota, a unidade de saúde, que é administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), lamentou o ocorrido e disse que “se solidariza com a família neste momento de luto”.

“O HC e a EBSERH empenharão todos os esforços para apuração dos fatos e análise do caso e apoio à família”, concluiu o texto divulgado pelo hospital.

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