Economia
Petrobras anuncia nova política de preços para combustíveis e acaba com paridade internacional
Estatal divulgou nesta terça-feira (16) decisão da diretoria executiva sobre estratégia comercial para definição de preços
A Petrobras divulgou nesta terça-feira (16), em fato relevante comunicado ao mercado, que a diretoria executiva da estatal aprovou uma nova estratégia comercial para a definição dos preços dos combustíveis. Com informações de Itatiaia.
“Petrobras informa que sua Diretoria Executiva (DE) aprovou na data de ontem 15 de maio de 2023, a estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina da Petrobras, em substituição à política de preço de gasolina e diesel comercializados por suas refinarias. A estratégia comercial usa referências de mercado como: (a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e (b) o valor marginal para a Petrobras”, informou a Petrobras.
Na prática, a empresa alterou uma regra em vigor desde 2016, em que os preços dos combustíveis no Brasil acompanhavam as oscilações internacionais, sem uma intervenção do governo nos preços.
“A estratégia comercial tem como premissa preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes. Essa estratégia permite a Petrobras competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável. Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, informou a Petrobras.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete uma mudança nessa referência.
Segundo informou a estatal em fato relevante, “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
A “nova estratégia comercial” — cuja premissa é tornar os preços mais competitivos — usará duas referências do mercado: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.
Como explica a empresa, o custo alternativo do cliente “contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos
substitutos”, enquanto o valor marginal é baseado no “custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.