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Peru decreta transexualidade como transtorno mental, e população reage

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O Peru não reconhece o casamento ou a união civil entre homossexuais, nem permite que pessoas trans incluam a sua identidade de género nos seus documentos - (crédito: Mari Vlassi/Unsplash)

RETROCESSO – “Não somos doentes mentais”. Dezenas de ativistas LGBTQIAPN+ se reuniram sob este lema para protestar, nesta sexta-feira (17), contra um decreto do governo peruano que cataloga a transexualidade como um “transtorno mental”. Com informações de O Tempo.

O decreto que causou revolta nas organizações que defendem a diversidade sexual incorpora uma classificação antiga da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“É um decreto que nos faz retroceder mais de três décadas, quando a homossexualidade deixou de ser catalogada pela OMS. Não podemos viver em um país onde nos consideram doentes”, disse à AFP Jorge Apolaya, porta-voz do Coletivo Marcha do Orgulho Lima.

Cerca de 200 manifestantes se reuniram em frente à sede do Ministério da Saúde, em Lima, para rechaçar a decisão do governo de manter o decreto apesar dos protestos, que coincidiram com o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.

Sob lemas como “Não é uma doença, é diversidade!” e “Somos trans e não somos doentes, aqui está a resistência trans”, os manifestantes bloquearam por algumas horas a movimentada avenida do centro da capital onde fica o ministério, sem que tenham sido registrados confrontos com a polícia.

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