Economia
Pequenos negócios mineiros estão otimistas com as vendas de Natal
Quase metade dos empreendedores do estado espera um movimento maior com as festas de fim de ano, mas apenas 13% pretendem realizar contratações temporárias no período
Quatro em cada 10 empreendedores de pequenos negócios de Minas Gerais sentem os impactos positivos das festas de fim de ano nas vendas. Quase metade deles (47%) está otimista com as vendas de Natal e Ano Novo. Outros 17% acreditam que o resultado será igual ao do ano passado, 13% esperam um desempenho pior que em 2020 e 23% não sabem responder. Os dados são de um levantamento realizado pelo Sebrae Minas entre os dias 10 e 21 de novembro, com 1.199 empresários.
Um percentual um pouco maior de microempreendedores individuais (MEI) acredita que vai vender mais do que no Natal passado: 48% deles está otimista, contra 45% dos donos de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). “Os empreendedores estão comparando suas expectativas com um período de baixo desempenho, porque no Natal de 2020 eles sentiram mais fortemente os efeitos negativos da pandemia”, lembra a analista do Sebrae Minas Paola La Guardia.
Do total de empresários entrevistados, apenas 7% pretendem realizar contratações temporárias neste final de ano. Considerando apenas os 44% que afirmam ser impactados pelas festas de fim de ano, o percentual sobe para 13%. Entre estes, 88% pretendem contratar até três empregados e 47% planejam contratar apenas um empregado.
Entre as micro e pequenas empresas impactadas pelas festas de fim de ano, 17% planejam contratar. Esse percentual cai para 11% entre os MEI. A Indústria, incluindo a Construção Civil, é o setor com a melhor expectativa (16%) de contratação no período, seguido por Serviços (13%) e Comércio (11%). “O percentual dos que não têm intenção de contratar neste período aumentou em relação a 2020, saltando de 77% para 81% neste ano”, destaca Paola La Guardia.
Segundo a analista, esse pessimismo é resultado das expectativas de queda na demanda, já que os consumidores tendem a conter os gastos em função do aumento do custo de vida. “Vale lembrar que a maioria dos negócios de pequeno porte ainda enfrentam dificuldades em equilibrar as finanças. A 12ª edição da pesquisa O Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, divulgada pelo Sebrae no início de setembro, mostrava que 70% das empresas do segmento em Minas Gerais ainda registravam queda no faturamento mensal.
Expectativas por porte e setor
Os microempreendedores individuais (MEI) são os que mais sentem os impactos das festas de fim de ano nos negócios. Entre os entrevistados, 50% dos MEI afirmam registrar aumento nas vendas no período, contra 37% das pequenas empresas e 36% das microempresas.
Entre os setores, o Comércio (54%) é o mais impactado pelo crescimento do consumo nessa época do ano, mas o setor que está mais otimista com o Natal deste ano, em relação a 2020, é o de Serviços, seguido pela Indústria e o Comércio.
Marketing e vendas
Apenas 35% dos pequenos negócios vão investir em estratégias diferenciadas de marketing para o período de Natal e Ano Novo. Considerando apenas os que são impactados pelo movimento das festas de fim de ano, esse percentual sobe para 46%, sendo maior entre os MEI (48%) e o setor do Comércio (49%).
Atualmente, a maioria dos pequenos negócios (57%) realiza suas vendas presencialmente e pela internet; 34% apenas presencialmente e 8% apenas pela internet.
Dentre os que vendem presencialmente e pela internet, 38% acreditam que não haverá diferença entre as vendas pela internet e presenciais neste fim de ano. Outros 31% estão mais confiantes nas vendas presenciais e 22% nas vendas pela internet.
Foto: Imagem Ilustrativa