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Belo Horizonte

Passageira denuncia ter sido dopada durante viagem de app em BH

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Uma passageira, de 32 anos, denunciou que foi intoxicada durante uma corrida de transporte por aplicativo, na manhã da última sexta-feira (3/6), em Belo Horizonte.  A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou procedimento para apurar o caso. As informações são da Rádio Itatiaia.

Em entrevista exclusiva ao Rádio Vivo, da Itatiaia, a secretária contou que chamou um motorista de app no Bairro Betânia, Região Oeste. Acompanhada das duas filhas, uma de 13 anos e uma de dois meses, embarcou por volta das 6h30 destino Bairro Jardim América e, em seguida, para o Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul.

“Logo que eu entrei no carro, observei que as janelas estavam fechadas. Por hábito, abri um pouquinho o vidro. Mas, logo que iniciou a corrida, eu me senti mal. Senti minha garganta e muita falta de ar”, relatou.  Ela ainda disse que o motorista a observava pelo retrovisor.

Pouco tempo depois, ela relatou que a visão ficou turva. “Eu já não conseguia ver, meu coração palpitava muito, eu sentia muita tremedeira. O meu corpo estava gelado. O tempo todo eu perguntava para a minha filha mais velha se ela estava bem. E ela também estava sentindo falta de ar”, continuou o relato.

Ela ainda pediu ao motorista que, também, abrisse os vidros. Mas, ele recusou sem qualquer justificativa.

Quando a passageira se aproximava do endereço de parada, na Rua Lidonfo de Azevedo, no Bairro Jardim América, onde ia  deixar as crianças e seguir para o trabalho, ligou para o ex-companheiro para pedir socorro.

“Eu liguei para avisar que estava passando muito mal  e pedi para que ele ficasse na linha até o desembarque. Quando o motorista viu que eu liguei para uma pessoa, ele diminuiu a velocidade. Imagino que ele fez isso para que eu não conseguisse chegar ao meu destino. Quando ele diminuiu a velocidade, eu já estava tremendo muito e pedi para que minha filha abrisse a porta para a gente sair”, disse.

Em seguida, o motorista foi embora. “Ele não olhou pra trás, não perguntou se eu estava bem em nada”, disse.

Ela contou que, após a saída do veículo, demorou cerca de cinco minutos para se recuperar. “Passou bem rápido. Com certeza tinha alguma coisa dentro do carro”, relatou.

A secretária disse que já havia lido relatos na internet de mulheres que denunciaram motoristas por prática similar. “A gente acha que nunca vai acontecer com a gente”, lamentou.  A vítima reportou a 99 e registrou um boletim de ocorrência.

O que diz a 99

A reportagem questionou a empresa sobre o ocorrido e a 99 informou que tem “política de tolerância zero  em relação a qualquer forma de violência”. Confira a nota na íntegra

“A 99 informa que tem uma política de tolerância zero em relação a qualquer forma de violência, assédio ou violência sexual. A empresa dedica seus esforços na prevenção, proteção e acolhimento de todos os usuários da plataforma, principalmente para as mulheres. Entre os recursos de segurança, a plataforma conta com inteligências artificiais que identificam potenciais riscos e direciona, motoristas mais bem avaliado ou motoristas mulheres para as passageiras; monitoramento em tempo real de todas as corridas; compartilhamento de rota com contatos de confiança; gravação de áudio e botão para ligar direto para a polícia.

Passageiras que tenham sofrido esse ou qualquer tipo de violência devem reportar imediatamente para a empresa, por meio de seu app, ou no telefone 0800-888-8999, disponível 24 horas por dia, para que as medidas cabíveis sejam tomadas e para que possamos oferecer todo o suporte e acolhimento necessários.”

Outros casos

No dia 11 de abril, uma jovem contou ao G1, que foi dopada por um motorista de transporte por aplicativo com um produto químico lançado no ar dentro do carro em São Paulo (SP).

No início de março, também segundo a reportagem do portal, outra mulher relatou ter sido intoxicada durante uma viagem em um carro de aplicativo em Porto Alegre (RS).

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