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Pandemia no Brasil vai além…

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Como foi atípico nosso ano de 2020, o Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus em fevereiro de 2020, enquanto a Europa já registrava centenas de casos de covid-19, já em março o Brasil registrou a primeira morte pela doença.

Desde então o mundo vive um momento delicado e alarmante, o uso de máscara, boa higiene, álcool em gel agora fazem parte do nosso novo cotidiano, muitos viram suas vidas mudarem drasticamente.

Muito se migrou para o meio digital como as vendas online, drive-thru, delivery. Outro ponto é o isolamento social, Lockdown, ensino EAD nas escolas, reuniões online. As pessoas estão se moldando ao novo meio social.

Chegamos ao ponto de ser necessário o Estado intervir com ajuda financeira, foi criado o auxílio emergencial para ajudar a população que sofreu com o fechamento das atividades econômicas e desemprego, o referido auxílio teve um custo próximo de R$ 20 bilhões por mês somente em novembro e dezembro de 2020.

Foi criado o famoso “BEM” que permite a redução de salários e da jornada de trabalho ou a suspensão do contrato trabalhista durante o estado de calamidade pública.

Profissionais da saúde estão exaustos, eu acompanhei de perto, estive por dois meses com meu pai internado vítima de acidente e presenciei depoimentos de profissionais da saúde no seu limite físico e psicológico, é de fato uma guerra!

Desde então outros problemas apareceram, como o aumento da pobreza e o desemprego. A pandemia parece pendurar no Brasil, alguns países começam dar sinais de um final feliz, mas por aqui estamos vivendo 2020 novamente.

Nossa moeda apresenta desvalorização, as reformas administrativas e tributarias travaram, é complexo o momento. A vacina que vem como imunização e controle da doença tem um cenário complicado, pois precisa ser aprovada o uso pela Anvisa, além de que o mundo clama pela mesma, sendo assim o processo de aquisição, preparação e aplicação fica lento.

Junto com a Pandemia apareceu outro fator que particularmente me irrita muito, o país se aflorou e vive como nunca a dicotomia de saúde de um lado e a economia do outro, e em conjunto ao mesmo pendura a guerra política direita e esquerda.

Outro ponto é briga dos poderes, por exemplo, temos o Presidente Jair Bolsonaro em conjunto com o STF no centro das decisões, o mesmo acusa a Suprema Corte de ativismo o impedindo de tomar decisões sobre o enfretamento da pandemia e repassando totais poderes a Governadores e Prefeitos, citando o exemplo do caos em Manaus.

Já o STF diz em nota disse que não afastou o Presidente do “controle” das medidas estratégicas contra a pandemia da Covid-19, o STF julgou três ações e entendeu que governadores e prefeitos têm autonomia para traçar planos de combate ao vírus em seus respectivos territórios, incluindo o fechamento do comércio, por exemplo.

Por fim a polarização apenas amplifica e as mortes aumentam junto. Ontem dia 16/03/2020 tivemos quase 3 mil mortes, mas a pandemia fica de lado e a dicotomia aparece latente com pessoas a favor de utilização de medicamentos como azitromicina, invermectina, cloroquina como prevenção e tratamento, de outro lado alguns repudiam o uso, assim como o fechamento das atividades comerciais, muitos criticam governadores, outros o chefe do executivo, para alguns deve continuar, para outros não é o momento.

Eu fico muito triste com tudo isso em nosso país e vejo que diferente do europeu que viveu duas Guerras e sabe lidar com uma batalha desse porte, estamos perdidos. Os políticos são representantes do povo no Estado, devem ser cobrados, afinal as regalias dos mesmos continuam e nós temos que enfrentar de peito aberto a batalha da pandemia, não devemos fazer manifestações ou carreatas pró ou contra, mas sim pensar em vencer o prélio que estamos vivendo.

Precisamos saber que saúde e economia caminham juntas, se uma não vai bem a outra também não irá, e lembrar que a Guerra não é Direita e Esquerda, Governadores, Prefeitos, Presidente, ou Executivo, Legislativo e Judiciário mais sim a Guerra é contra a Covid-19.

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