“A raiva dele era de não conseguir a guarda do filho. Ficamos sabendo que o pai do menino veio de Serro e que, na noite de terça-feira, teve uma discussão com a ex. Ele falou que se o filho não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém”, contou uma moradora em anonimato.
Momentos antes do assassinato, o homem foi visto pelas redondezas da unidade escolar. “Ele ficou rodando de carro por um longo período só observando tudo. Quando o padrasto chegou com o menino, o pai desceu do carro, deixou a porta aberta, e começou a atirar. Comentaram na cidade que ele até ameaçou matar o guarda da escolinha. O crime foi premeditado. Não tem cabimento”, comentou.
Cidade em luto
A cidade, com poucos habitantes (pouco mais de 7 mil), está em luto diante da tragédia. “Todos nós, em Claro das Poções, estamos sentidos. Ninguém esperava que isso fosse acontecer, principalmente em uma escola. A gente vê essas coisas na televisão e jamais pensa que algo semelhante vai acontecer perto de nós”.
Os tiros efetuados pelo criminoso contra as vítimas deixaram os moradores preocupados com a possibilidade de outras crianças terem sido acertadas . “As balas corriam o risco de acertar outras pessoas e a situação poderia ser ainda mais grave. É muito triste ver tantos casos de violências nas escolas, que é lugar de conhecimento”.
A perícia da Polícia Civil esteve no local do crime para realizar os trabalhos de praxe. “Tem muitas viaturas pela cidade. Algo que nunca vimos antes”, concluiu um dos moradores de Claro dos Poções.
- O TEMPO