Economia
Ouro e cotação do dólar
A cotação do ouro é feita em reais por grama. No Brasil, ele é atrelado ao valor do metal na Bolsa de Nova York, onde é cotado em dólares por onça. Essa medida equivale a 31 gramas. Um dólar alto tende a reduzir compras de ouro, puxando, assim, a cotação do ativo para baixo. O inverso, também, é verdadeiro: dólar baixo favorece os investimentos e faz subir o preço do ouro. Esse é um importante conhecimento para você adquirir caso tenha interesse em comprar ou vender ouro ou joias.
A saúde financeira do país também deve ser considerada, porque influencia de forma definitiva na cotação final: juros, altos, inflação, taxa cambial. Quanto mais forte a economia do país vendedor do ouro, mais os investimentos em ouro serão elevados.
Quando o cenário de inflação e o valor da moeda estão em queda em relação aos outros bens e serviços, as pessoas procuram outra forma de dinheiro para valorizar o dinheiro. As taxas de juros, também, indicam para onde se movimenta o preço do ouro.
Em períodos de altos juros, o capital é escasso e, assim, quem ganha é que empresta dinheiro. O ouro, como tem natureza maleável, sem fins lucrativos – exceto em negócio de leasing de ouro – acaba perdendo valor nessa situação.
No plano do dólar, uma das principais razões para ele se tornar a moeda reserva mais favorecida no mundo – 85% das reservas dos bancos centrais estão em dólares – é que durante o período de 1931 – 1971, a moeda era a única forma de papel sustentada pelo ouro.
Pois então. Naquela época era o dólar que se alastrava pelo metal, o que se inverteu com a globalização. O papel acabou tomando o lugar central do ouro, de principal reserva do mundo, principalmente pelo baixo custo de fabricação e possibilidade de ser ilimitado, em detrimento da limitação de produção do ouro, um recurso natural que exige alto custo de importação.
O ouro, por sua vez, continuou possuindo valor, por causa da sua raridade e da ausência de riscos de contrapartida, aspectos que a moeda não possui.