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Editorial - Opinião sem medo!

Os vereadores que trabalham demais!

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De acordo com o IBGE, em Nova Serrana a média salarial de um trabalhador é de 1,7 salários mínimos o que representa uma renda de R$ 1.776,50. Isso quer dizer que exercendo o seu trabalho em regime da CLT, com 220 horas mensais de trabalho, a média do valor de cada hora trabalhada por um cidadão comum, que ganha seu pão de cada dia com pelo menos 8 horas diária é de R$ 8,07.

O valor chega a ser considerado baixo, mas acreditem quando colocado em comparação a, por exemplo, o cargo de vereador, simplesmente passamos a ter uma renda que podemos chamar de ridícula.

Vejam só, o recebimento de um vereador está na ordem de R$ 8.150,84 bruto, colocando esse valor elevado a 13, número de salários anuais chegamos a um montante de R$ 105.960,92, por ano.

Contudo como sabemos que existem descontos, vamos, por exemplo, avaliar o recebimento do vereador Wantuir Paraguai, que recebeu no último mês conforme aponta o portal da transparência do legislativo a quantia de R$ 6.313,87.

Se tal valor fosse dividido pelas mesmas 220 horas semanais o vereador teria um bom recebimento de R$ 28,69 por hora, o que representa um salário aproximadamente 350% maior do que um trabalhador comum em nossa cidade.

O problema é que um vereador não tem carga horária obrigatória a ser seguida, na atual conjuntura onde, por exemplo, Wantuir participa de uma comissão permanente e uma comissão processante, além das reuniões ordinárias tem uma demanda obrigatória que não ultrapassa a carga de 10 horas semanais.

Isso quer dizer que o vereador dificilmente ultrapassa a carga horária de 50 horas de trabalho obrigatório por mês, o que eleva sua remuneração para aproximadamente R$ 126,28 por hora.

Wantuir foi pego para cristo em nosso editorial, porque ele afirmou que não tem tempo em sua agenda para participar de uma reunião de um assunto de interesse público.

A exemplo dele temos Sandro Moret, “o vereador a serviço do povo”, que tem muito trabalho fazendo vídeos e indicações de obras já marcadas pela prefeitura e por isso não pode comparecer as oitivas do processo de cassação e tão pouco tem disponibilidade para debater assuntos relacionados ao Hospital Santa Mônica e a importância do empreendimento para os servidores e populares que irão utilizar o convênio.

Sandro também tem a participação em apenas duas comissões, e sendo assim, além a incapacidade de pronunciamentos pertinentes e debates sobre a matéria (ainda não vimos uma fala que justifique seu salário desde que entrou como suplente), o vereador aparentemente gasta seu tempo em vídeos, talvez sonhando em um dia ser uma estrela Flash Minas.

Já Jadir Chanel, o outro vereador que trabalha muito na câmara, e não tem tempo para reuniões e debates de assuntos pertinentes aos vereadores, recebeu no último mês um salário um pouco abaixo dos demais vereadores, na folha divulgada no portal da transparência, o edil recebeu no último mês a bagatela de R$ 5.752,69.

O seu salário foi menor, mas temos que lembrar que ele é um caso a parte, afinal, existem outros descontos, que não são ali desmembrados, mas se não nos falha a memória o nobre paga mensalmente uma multa pela prática de nepotismo em seu gabinete.

Imaginem meus nobres se nos dias de hoje nós simplesmente afirmássemos para nossos patrões que simplesmente não temos tempo e não vamos fazer a nossa obrigação, por estamos com trabalho demais.

Claro que isso caracterizaria uma eminente demissão, mas na política a coisa acontece de qualquer jeito, vereador deixa seu assessor tirar férias e paga o valor cheio como se estivesse trabalhando todos os dias, vereador contrata parente, vereador samba na cara dos outros chamando cidadão de vagabundo, vereador faz o que quer, como e quando quer, e nós os patrões, ficamos atônitos e inertes enquanto o nosso dinheiro escorre pelas mãos de quem faz pouco e afirma trabalhar demais.

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