Editorial - Opinião sem medo!

Os burros e os inteligentes…

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A Câmara municipal não nos cansa de surpreender, dia após dia, reunião após reunião, é uma fábrica de pérolas que nos enche os olhos, contudo, ao refletirmos o que nos dá medo é que as lágrimas que enchem os olhos podem ser de rir, ou de chorar diante do que se vê acontecendo no legislativo.

Uma fábrica de pérolas de gente que se mostra mais incapacitada dia após dia, gente que mostra que está ali, recebendo um salário alto sem ter o mínimo de capacidade para ocupar um cargo tão importante para a cidade.

Mas, caros leitores, não estamos falando de todos, até mesmo porque na última reunião uma nova pérola dividiu muito bem o legislativo; como indicou um certo vereador, na câmara existem seis burros e seis inteligentes, só não sabemos em qual dos dois lados está o autor desse tesouro de citação.

Lá tem o que espiritualiza tudo; tem o que não se sabe se está bêbado, dopado, ou se aquilo tudo é algo natural; tem quem fique em cima do muro tentando agradar os dois lados; tem o sabe tudo, e claro tem o experiente que gosta de ver os Ets.

Tem vereador das plantas, dos beijos e abraços, tem o do discurso, tem capitão gancho e aquele que mal entrou e já colocou em si o cabresto. Não podemos esquecer de falar, claro do que entrou pela porta dos fundos.

Sim, foi eleito como suplente mas por manobra partidária, ocupa um cargo que não deveria ser seu por direito, e por fim tem os seis “injustiçados”.

O problema é que fica claro a divisão dos seis da situação e seis da oposição, e nesse sentido fica a dúvida, quais são os burros e os inteligentes. Os burros seriam os que vão contra o executivo, que não se assentam na mesa da realeza e não alimentam seus nomes com as vantagens de defender o executivo e receber como volta as capinas, os tapa buracos, os nomes nas placas ou um lugar no palanque.

Ou será que os burros são aqueles que se expõe aceitando de forma absolutamente submissa tudo que é proposto por seu deus, ou melhor por seu superior, que apenas manda e tem seus desejos acatados.

Se vocês discordam, convidamos cada um a passar um tempo dentro dos gabinetes dos edis, converse com eles sobre os projetos e descubra que a maioria absoluta – termo que o vereador mais “experiente da casa” aprendeu o que significa depois de rasgar a lei orgânica para cumprir um “voto de cabresto” na última quarta – não tem conhecimento efetivo sobre os projetos que são tramitados na casa.

Bom, o termo burro é usado para a falta de conhecimento e também para a teimosia; afinal o burro é um dos animas mais teimosos que existe, contudo é na verdade uma ofensa taxar tal nome, pois o animal é trabalhador, uma dos mais resistentes e empenhados que existe no trabalho braçal, algo que não é verdade se tratando do trabalho legislativo.

Poucos vereadores, se empenham em desenvolver seu trabalho como legislador com dedicação e até mesmo algumas pitadas de sacrifício. Talvez isso porque como disse um dos nobres, ninguém fica rico sendo vereador, colocação extremamente inteligente de quem recebe mais de R$ 7 mil por mês para cumprir algo próximo de 12h de trabalho por semana, e declara publicamente que foi condenado por sonegação.

Voltando aos burros e aos inteligentes, uma coisa é clara e real, os burros ou os inteligentes estão divididos entre os opositores, os do cabresto e os exilados. Sobre os exilados, que em breve são os seis cassados deixamos para um próximo editorial, neste vamos finalizar falando dos 12 que na verdade são 13.

Dividindo os 12 da base e oposição que tem direito a votar tivemos um exemplo sobre a sabedoria dos edis. Na última reunião seis da oposição em uma ação tática tiraram a vitória dos seis do cabresto; uma abstenção e uma aparente derrota se transformou em um problema latente para a base do governo.

Nesse caso nenhum dos 12 foram tão burros assim, seis cumpriram seu papel de defesa, e seis agiram de forma pensada para travar o que era uma vitória certa. Nesse caso em específico desprovido de inteligência foi o 13º, que mesmo sendo o mais experiente da casa conseguiu usar o poder de presidente para transgredir a lei orgânica do município, praticando assim possível crime de improbidade administrativa, para garantir o desejo e os planos de sua realeza.

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