Até os 10 minutos de jogo parecia que o Atlético estava melhor no jogo. O Cruzeiro mal passara do meio campo. Mas aos 12, entrou em ação aquilo que o Nelson Rodrigues chamava de “Sobrenatural de Almeida”, quando o Pedro Rocha fintou três defensores do Galo, trocou de perna para chutar, a uma distância inimaginável e chutou, forte e certeiro, enganando o Victor.
Um gol espetacular pra ficar na memória.
A partir daí o Galo ficou desnorteado. Aos 26, com o time todo no ataque, Réver comete um erro infantil: passe atravessado para o meio de campo, pessimamente dado para o Zé Welison. Pedro Rocha interceptou, correu mais que todo mundo e cara a cara com o Victor deu para o Thiago Neves fazer 2 a 0.
Parecia que sairia mais uma goleada histórica do Cruzeiro. E aos nove do segundo tempo foi a vez de Elias, veterano igual ao Réver, errar passe quando tentava armar um contra ataque. Robinho pegou um rebote e chutou com o gol vazio, já que Victor levou quase meia hora para se levantar do primeiro chute que havia originado a jogada.
Satisfeito com os 3 a 0, Mano Menezes mandou o time se precaver. Se continuasse apertando, poderia marcar mais gols, tamanho o desacerto e ruindade de quase todo o time atleticano nesta noite.
Enquanto o Cruzeiro beirou a perfeição, o Atlético não teve ninguém que merecesse um elogio. Com destaque negativo para Cazares, Réver e Elias.
O jogo da volta, no Independência, certamente terá emoções mais fortes. O Galo precisando descontar o placar num tipo de jogo que oferece as condições que o Mano Menezes mais gosta, de jogar em contra ataques.
O público não chegou aos 50 mil anunciados por muitos da imprensa