Editorial - Opinião sem medo!
O universo paralelo!
O mundo nunca mais será o mesmo após essa pandemia, e a cada dia, ocorrem novos fatos que ratificam essa afirmativa. Parece que na verdade estamos vivendo em uma realidade paralela ou porque não dizer, em um mundo que está literalmente de pernas para o ar.
Em nossa cidade acontecem coisas cada vez mais estranhas para não dizer bizarras. Estamos presenciando uma semana de fatos que são chocantes, que são estranhos, que são anormais se podemos assim dizer.
As crianças por aqui entram no lote vago para buscar uma bola e saem com um crânio humano nas mãos. Voltamos a ver gente morta nas ruas da cidade e seguimos nesse sentido torcendo por uma rápida resposta das instituições de segurança, afinal conviver com a doença e a violência é demais para o nosso povo trabalhador.
Nesse mundo de bizarrices percebemos ainda que as coisas realmente estejam mudando de forma assustadora em nossa cidade. Vejam, antes éramos conhecidos como a cidade do calçado falsificado, carregamos o título de falsificar calçados e revender para todo o país. Só que de um dia para o outro, nos tornamos a cidade do sabão falsificado.
Um dos que arrotavam apoio ao governo, resolveu lavar sapatos e porque não decidir por falsificar o sabão em pó. Foram somente 50 toneladas apreendidas e diante disso, falamos, nem mais dignidade para lavar as roupas de casa nós temos.
Ficamos imaginando se a moda pega, ou se ela já não pegou, teremos um amplo leque de falsificações para serem feitas em nossa cidade. Talvez se for investigado direitinho, vai se descobrir que a cerveja da carreata, bancada talvez pelo falsificador de sabão também era falsifica. Ou porque não pensar que o dinheiro que pagou pela gasolina e pela cerveja não era dos mais originais.
Se não for falsificado pode ser frio, pode ser sonegado, pode de toda forma namorar com a ilegalidade, mas nem podemos falar sobre isso porque nesse universo paralelo que vivemos a falsificação é algo bom, ela traz dinheiro para a cidade.
As bizarrices caminham quando percebemos que os donos de botequins querem colocar na cabeça do governo que bar é um item essencial. Ora, concordamos a comprar a loirinha e levar para casa para consumir em sua residência poderia ser liberada em qualquer estabelecimento, mas dai querer enfiar na cabeça a ideia de que não vivemos sem o botequim já é forçar a barra.
Mas isso em nossa cidade gera discurso inflamado de quem tem pensado no seu bolso. Na verdade pensamos os motivos que levam uma administração a fechar as portas de vendas em varejo e “permitem” (pelo menos da forma como tem ocorrido a fiscalização, essa é a sensação), que grandes supermercados vendam a bebida.
Ora se o objetivo é barrar a aglomeração, medidas mais enérgicas devem ser tomadas em todas as esferas, mas isso não pode acontecer em nossa cidade. Afinal lembram, estamos na cidade onde o crime se justifica por fins nobres ou vantajosos socialmente pode ser cometido.
Seguindo no universo paralelo, temos que ressaltar que Dué, colocou suas asinhas de fora e cacarejou como um bom galinho de briga, ao defender de forma ferrenha os milhares de feirantes de nossa cidade, mas isso é assunto para o próximo editorial, para a próxima edição.
Em um mundo onde ter coragem para protestar, ou divergir significa levantar a bandeira de inimizade em sinal de guerra, temos que valorizar aqueles que ainda têm coragem para se posicionar e nesse sentido, temos aqui que aplaudir o Dué, e isso mostra o quão mergulhados neste universo paralelo estamos.
Ainda na Câmara vejam, tivemos pela primeira vez uma atuação também considerada por este Popular como genuína e louvável de Dete do Katôco. O vereador que até o momento não tinha sequer nos convencido de ter sido um bom nome para a casa legislativa, apresentou um simples ofício, que mostrou a boa intenção em cuidar daqueles que estão perdendo a razão por causa desta doença louca.
Se tratando de razão, jamais pensamos que iríamos chorar em uma reunião envolvendo nosso legislativo, e não é chorar de desgosto, mas sim realmente nos emocionar, e isso ocorreu por mais um projeto valoroso aprovado nesta legislatura. Desta vez os edis, por meio de proposta de Zé Faquinha, constituíram uma semana de incentivo e conscientização quanto a adoção, e sinceramente, esta é uma ação que mostra esperança para os dias vindouros.