Colunistas
O quinto poder no Brasil
Vivenciamos um tempo assinalado pela era digital, que dita normas e comportamentos, e “molda” nossas gentes, e o poder das mídias sociais chega junto com a sua evolução; exemplo claro são os blogs e algumas redes que antes eram apenas uma espécie de diário ou meio de comunicação com amigos, e hoje são usados amplamente por empresas para fidelizar público e clientes.
A pujança dessa nova comunicação exerce acentuada influência sobre a sociedade e suas estruturas. Gerar conteúdos que entusiasmam as pessoas deixa de ser exclusividade de grandes corporações e grupos capitalizados, como as redes televisivas, por exemplo, passando a decorrer também por intermédio de anônimos, que em alguns casos alcançam o estrelato, e grupos menores.
O custo é uma das razões que explicam essa evolução, já que na internet não é preciso pagar para divulgar uma opinião ou informação, além de poder fazê-lo numa celeridade fantástica, totalizando milhões, ou até mesmo, bilhões de pessoas alcançadas no mundo todo.
Estamos criando uma “anarquia positiva”. Postergamos a BARSA e a Enciclopédia Larrousse Cultural; temos o “papai” google a dirimir interrogações acerca de qualquer conteúdo.
É o conhecimento gratuito e facilitado, disponível 24 horas, ao alcance de um toque. Não há mais limites a nos impedir de conhecer pessoas, cidades, projetos e países.
A internet, facebook, flickr etc. trouxeram uma nova economia e uma sociedade livre, enfim, a economia Globalizada.
Findou-se o monopólio das mídias televisivas, rádios e revistas; Blogs e demais meios possibilitam aproximar consumidores e produtos. Expirou-se as ditaduras políticas e o silêncio de expressão; é a diversidade de pensamentos em seu espaço mais dinâmico e democrático.
As mudanças não se restringem à esfera privada; o comportamento do eleitorado/cidadão é demasiadamente influenciado pelas novas mídias também; haja visto o último pleito, onde foram amplamente exploradas pelo candidato vitorioso, Jair Bolsonaro, e o exercício do mandato, dele e de outros tantos agentes públicos, recém-empossados; gradativamente, se tornaram uma ferramenta de trabalho indispensável, tanto para interagir, quanto para prestar contas do mandato.
Os eleitores/seguidores estão na casa dos milhares e, por vezes, milhões.
Casos recentes como a demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL), e a eleição do senador David Alcolumbre (DEM-AP) à presidência do Senado também refletem o poder das ações coletivas impulsionadas por influenciadores digitais e deixam clarividente o papel preponderante desse ferramental, também no exercício do poder.
Fazer enquetes sobre votações ou assuntos polêmicos virou algo rotineiro, modus operandi.
O episódio mais emblemático foi o do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que decidiu em quem votaria para presidente do Senado após consultar os internautas.
As mídias sociais se tornaram ‘o quinto poder no Brasil’, e quiçá, possam suplantar os meios de comunicação tradicionais, que noutros tempos monopilizavam o conhecimento, protagonizando a formação de opinião; são os reflexos de uma “nova era”.
Abençoada semana
Graça e Paz