Editorial - Opinião sem medo!

O peso das palavras!

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Em Nova Serrana como em outras muitas cidades, principalmente em período eleitoral, há muitos grupos de redes sociais que vem ao longo dos últimos anos sendo agentes de propagação de informações (verídicas e inverídicas).

Nos grupos vemos de tudo, pessoas debatendo sobre Bolsonaro e Lula, preço do combustível e quantas galinhas da vizinha foram roubadas. Ouvimos e vemos publicações de políticos atuantes, daqueles que sonham ser políticos, e daqueles que sonham em voltar a ser políticos.

Há também nestes grupos as militâncias, e ai começa o perigo e começamos a dar contexto a esse editorial.

A militância pensa que por não ter seu rosto à frente de um veículo de comunicação, ou por estar na internet, e até mesmo, por ser incentivados por políticos (que tem seu foro privilegiado), podem dizer e publicar o que querem e como querem.

As coisas não são bem assim, e nós deste Popular entendemos, isso porque temos responsabilidade com o que publicamos, já nos retratamos com publicações de notas de falas que foram apenas reproduzidas.

Acontece que os veículos de comunicação, pelo menos os que têm profissionalismo se preocupam com diversos fatores ao produzir ou publicar um conteúdo. As informações e opiniões devem ser conduzidas de maneira profissional. Nós aqui em nossos editoriais por diversas vezes criticamos e incomodamos alguns dos mais céleres políticos de nossa cidade, mas o fazemos com responsabilidade, de quem critica com propriedade, não comete crime por emitir sua opinião, justamente por nos embasarmos em fatos reais.

Nesta edição do jornal O Popular, trazemos uma matéria completa sobre um episódio ocorrido em um dos grupos de debate de nossa cidade. Se já não bastasse o fato de pouco tempo termos publicado uma matéria com o resultado dos fatos polêmicos envolvendo uma popular e um vereador, com o tal do CPF Cancelado, tivemos recentemente falas que foram entendidas pela promotoria como de cunho homofóbico podendo ser enquadrado como crime de racismo.

Para piorar o cenário, outros áudios deselegantes e como pontuado pelo MP, ”pronunciamento medíocre e ofensivo, desprovido de qualquer baliza ética, contra todos os membros do Poder Judiciário e do Ministério Público atuantes na comarca de Nova Serrana/MG, dotada tal manifestação, por igual, de cunho discriminatório contra pessoas integrantes do grupo LGBTQIA+”.

As consequências disso foram um pedido de abertura de inquérito por crime de racismo, sendo solicitado à polícia judiciária a apuração de tais falas que, atingem pessoas que atuam com moral e ética no poder judiciário.

Nós, no entanto, não estamos aqui para condenar ou enaltecer alguém. Lázaro Camilo, pré-candidato a deputado federal, poderia ter feito palanque político com o caso, e não o fez. O Ministério Público se manifestou divulgando o ofício para que as pessoas tenham como alerta que as redes sociais não são um território sem lei.

Nós não só não incriminamos como cumprimos nosso papel, aliás, se não estamos enganados, até a publicação de nossa matéria fomos os únicos a ouvir e pontuar em nossa reportagem todas as partes envolvidas como diz a cartilha do bom jornalismo.

Queremos deixar claro que repudiamos qualquer ato que venha denegrir ou prejudicar a imagem ilibada dos membros da justiça, como também qualquer ato homofóbico, porém como temos responsabilidade com as palavras, temos que ponderar que ninguém é culpado até que seja condenado, transitado e julgado, e não será este Popular, que nos tempos do cancelamento condenará qualquer que seja a pessoa, por esta não conhecer até então o peso das palavras.

Se olharmos na história recente de nossa cidade iremos lembrar que um avô já foi preso e tido como culpado de homicídio de uma garotinha em Nova Serrana. Ele foi condenado pelas palavras ditas em momentos errados, e posteriormente inocentado.

Tivemos declarações sérias de que uma criança que é alvo de uma investigação de possível abuso estava apenas com assaduras, e até o momento em que este editorial foi escrito, o laudo pericial não foi divulgado e o caso não foi concluso.

Ainda em nossa cidade tivemos alguns vereadores, que por estar em plenário falaram pelos cotovelos e terminaram sendo afastados por práticas, entendidas como ilícitas pelo MPMG, que culminaram em uma operação que manchou e causou danos a política de nossa cidade.

Sendo assim, finalizamos ponderando a todos os nossos leitores que, se você não tem consciência do peso das palavras que são ditas, publicadas ou reproduzidas, o mais sensato é guardá-las somente para você.

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