Colunistas
O novo mercado de trabalho
Com a aceleração digital junto com a pandemia, um fator importante a se observar é o cenário para o mercado de trabalho nos próximos anos. Antes de tudo quero frisar que irei abordar o tema sem entrar no mérito econômico pelo momento vivido.
Alguns pontos estão em alta no mercado de trabalho atual, como a flexibilidade para o home office, diversidade, conhecimento digital e o cuidado com a saúde mental são fatores para um novo cenário.
Um ano se passou e novamente estamos vivendo um pico elevado da Pandemia. Pela primeira vez o Brasil bateu a casa de 3 mil mortes diárias, algo assustador, e como sempre venho falando, não existe a dicotomia saúde e economia, um depende sempre do outro para se consolidar.
As muitas mudanças da Pandemia refletiram no mercado de trabalho acarretando um certo problema conforme demonstra pesquisa da RH Randstad, que 58% dos lideres de Rh especialistas em contratações têm enfrentado problemas para admissões e o principal fato é a escassez de qualidades para preencher vagas disponíveis.
Com a pandemia, o trabalhador tem se adaptar as diversidades, exemplo disso é o home office, de acordo com a consultoria Cushman & Wakefield, quase 74% das empresas pretendem continuar com esse modelo de trabalho mesmo após a pandemia, antes disso apenas 23,8% delas não tinham uma definição sobre o mesmo, deixando-o apenas como uma possibilidade.
Alguns setores apresentam crescimento tais como: financeiro, telecomunicações, imobiliário e parte do varejo. Vale destacar que todos amparados pela linha digital a principal tendência do novo normal, ou seja, uma característica marcante para o trabalho durante e pós pandemia, inclusive serviços braçais e de mobilidade física começam também a solicitar um certo entendimento “digital” mesmo que em pequenos detalhes.
Contudo o profissional precisa procurar se lapidar com o famoso novo normal. Vale frisar que em um país tão desigual, e de dimensões continental como o Brasil são as diferentes realidades dos trabalhadores, segundo pesquisa da Escola de Humanidades da PUC-RS, a pandemia deixou um cenário de crise, mas, para quem ocupa uma vaga no topo do mercado de trabalho, o vírus pode ter apenas mudado o jeito de trabalhar, os dados mostram que foi mais fácil manter o emprego e a renda para quem tem currículo com nível superior.
A formalidade no emprego é outro sinal, pessoas com empregos informais sofreram pois não possuem segurança financeira e social.
Segundo pesquisa do departamento de História Econômica da London School of Economis, a crise do coronavírus pode chegar próximo da recessão de 1.929 e nos próximos anos haverá o aumento da concorrência no mercado de trabalho, sobretudo em razão da diminuição do número de vagas abertas, em um cenário que sofre constantes mudanças, seja pela necessária modernização ou em razão da crise ocasionada por uma pandemia, como é o caso atual, o novo profissional deve encontrar caminhos alternativos para se inserir e se manter competitivo neste novo mercado, através do desenvolvimento de suas habilidades pessoais às necessidades desse ramo.