EMPREENDEDORISMO
O empoderamento das mulheres empreendedoras impacta o mundo virtual
Em 2020, o mundo passou a enfrentar uma das maiores crises de saúde já vista. A pandemia de covid-19 não somente vitimou milhões de pessoas, mas também quebrou empresas, atingiu famílias, causou falências e crises.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Pólis as famílias chefiadas por mulheres com renda de até três salários mínimos foram as que mais sofreram na pandemia. E justamente por esse sofrimento que o perfil das mulheres, que não mais devem ser tratadas como donas de casa, pois mostram sua força no empreendedorismo, se observou aumento de 40% de mulheres empreendendo de acordo com a Rede Mulher Empreendedora.
Ainda de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que as mulheres se adaptaram mais facilmente à crise e acharam o empreender como melhor solução, mesmo diante das adversidades, como menores salários e falta de vagas no mercado de trabalho.
O levantamento da FGV revela que 11% das mulheres entrevistadas levaram inovação para seus respectivos negócios, enquanto apenas 7% dos homens fizeram o mesmo. Outro aspecto interessante, é que 71% das mulheres entrevistadas desse estudo, usam as redes sociais e os aplicativos de delivery para seus negócios e apenas 63% dos homens são adeptos à estas tecnologias.
Um levantamento feito pelo Sebrae indicam que o público feminino buscou por soluções digitais 32% a mais do que os homens. Isso significa que as donas de empresas já identificaram o potencial que podem atingir por meio do ambiente online.
Esse universo está tão presente da realidade de Nova Serrana, pois se tornou uma realidade para Roberta Costa, que deixou seu emprego em uma fábrica para hoje atuar de forma presente no mercado como consultora e mentora empresarial, além de ser uma digital influencer e empreendedora calçadista.
Roberta conta que desde os 12 anos se considera uma pessoa proativa, que tinha prazer em vender, e mesmo com uma carreira consolidada, em uma indústria da cidade, aos 25 anos decidiu largar seu emprego CLT numa fabrica de calcados, abrir seu próprio negócio, e posteriormente juntou com seu marido e optou por atuar exclusivamente no meio virtual com vendas online de calcados.
Segundo Roberta, “O marketing digital hoje pode ser uma barreira, mas também pode ser a maior oportunidade; antes você não precisava usar as redes sociais para abrir qualquer negócio, hoje estar no meio digital é uma regra, se você não estiver dentro do digital seu negócio está fora do mercado e percebo que isso cada dia que passa vem limitando novos empreendimentos, as pessoas tem medo de aparecer, medo do que os outros vão dizer, a era digital potencializou de forma absurda a entrega para mais pessoas, o que se não soubermos lidar coma as novas tendências, a pessoa que deseja empreender terá novas barreiras para superar”.
Contudo segundo a empreendedora, não basta somente expor em redes sociais. Para estar no mercado é necessário que haja capacitação e investimento. “A falta de capacitação e informação sobre gestão administrativa e comercial, além do conhecimento nas ferramentas e forma de produzir o conteúdo que será comercializado na internet, pode fazer com que o negócio seja frustrado, eu costumo dizer que abrir uma empresa é tranquilo, o desafiador é manter o negocio saudável”. Disse Roberta Costa.
Empoderamento
Ocupando cada vez mais o mercado, Roberta aponta que “o empoderamento feminino, dá poder para nós mulheres escolhermos onde nós queremos estar; acredito que esse espaço vem sendo conquistado todos os dias um pouco. Infelizmente ainda existe diferenças entre homens e mulheres no mercado, hoje menos que antes, mas o esforço para uma mulher se destacar na sua área de atuação é altíssimo, sem contar na desvalorização salarial”.
Atenção às novas tendências
Assim como no meio virtual tudo é instantâneo e tem uma alta rotatividade, é fundamental que as empreendedoras estejam atentas as novas ferramentas e tendências para potencializar seus negócios e projetos.
Roberta conta que já tem para este ano novos projetos que serão implementados no mundo virtual.
“Tenho algumas prioridades para 2022, o meu mais novo projeto que já posso falar sobre ele é o Autenticast é um postcast educacional e bate papo descontraído e informal com diversos convidados para falar sobre empreendedorismo, vendas, marketing digital, dinheiro e desenvolvimento pessoal e muitos outros assuntos relacionados e aplicados no dia a dia; a ideia principal desse podcast é criarmos uma rede de relacionamento empresarial. Além de potencializar e alcançar outras pessoas com meus negócios já atuais, aumentar faturamento da distribuidora, ser reconhecida como referência de uma mulher inteligente e ousada”.
Finalizando a empreendedora ressalta que toda mulher que atua no mercado deve ter como missão despertar e influenciar outras mulheres a se posicionarem e buscarem seus sonhos, seus projetos sua própria realização.
“Meu propósito é desperta o maior número de mulheres para viverem o extraordinário através do empreendedorismo, além de contribuir para o crescimento da economia o empreendedorismo feminino transforma também as relações sociais. Quando mulheres alcançam a autonomia financeira, não precisam mais se submeter a relacionamentos abusivos e violentos, pois não dependem mais de terceiros para se sustentar, somos mulheres mais felizes quando trabalhamos realizadas, longe de mim dizer que empreender é mar de rosas, mas escolheria mil vezes se fosse necessário. Se você se sentiu chamada a se sentar nessa mesa do empreendedorismo, Seja bem vinda”. Finalizou