Colunistas
Novo e velhos costumes!
Tenho acompanhado o nascimento de tantos novos partidos, que me perco em tantas maravilhas salvadoras para a política no nosso país. Palavra de ordem (ou desordem) vem com a chancela do liberalismo.
Acho bacana que alguns candidatos abracem realmente esta bandeira, não apenas no tocante aos aspectos da economia, mas que levantem alto o liberalismo no campo dos costumes.
Alguns dos simpatizantes do NOVO estão criticando a imprensa por não citarem em seus editoriais o nome do pré-candidato João Amoêdo. Particularmente acho esse nome complicado de falar, além de desconhecido de um enorme eleitorado que pode confundir com um tipo de licor muito saboroso e caro.
Sou simpático ao nascimento do novo partido NOVO. Tenho notado o entusiasmo que suas pregações causam principalmente entre os “liberais festivos”, assim como o PT foi para a “esquerda festiva” nos anos 80.
Tenho medo, que o NOVO não satisfaça minhas expectativas quanto a apresentar candidatos competitivos pela postura, posicionamento, conteúdo e visão do momento político que vivemos em todo o país.
Aqui em Nova Serrana não é diferente e aqueles que propagam o NOVO usam velhos meios e costumes, como trazerem a público conceitos publicados em literaturas repletas de “achismos”. Sem querer desmerecer ninguém é evidente que o NOVO é um partido nanico, mas poderia estar abraçando algumas pautas mais sociais e progressistas, como legalização do aborto e das drogas.
Ao não debater estas matérias o NOVO fica tão velho quanto seus antecessores. Discursos “by the book” não vão convencer o eleitorado até porque o partido é tão liberal que deixa que cada filiado se posicione da maneira que preferir.
Se isso acontecer com seus pré-candidatos podemos ter um “novo estilo de torre de Babel” na política e nossa cidade não vai ganhar nada com isso. Depois de alguns anos acompanhando a política através de estratégias de comunicação chego a concordar com a decisão de não mexer em assuntos como aborto, liberação de drogas entre outras picuinhas sociais, porque afinal ninguém quer fazer algo que tire votos dos candidatos do NOVO.
O que incomoda é ver que o liberalismo do NOVO tende a usar a bandeira da economia como algo sublime deixando aspectos morais e éticos onde realmente o liberalismo faz falta. Ou talvez esta “novidade” fique para novas propostas que não sejam tão novas e ousadas. Quem sabe, nem sempre o novo é o melhor!