Ministério Público
“Nova Serrana não é mais um paraíso para os criminosos”
Maior operação conjunta da história de Nova Serrana é deflagrada nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro
Foi deflagrada nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro em Nova Serrana a maior operação de combate a criminalidade já iniciada no município. Conforme os dados repassados pelas autoridades, um total de 44 pessoas foram presas nas operações Covil de Ladrões II e Hidra.
A operação foi realizada após mais de seis meses de investigações e delações premiadas que foram concedidas, após a realização no ano de 2018 das operações Delivery, Macaco Prego e Covil de Ladrões.
O objetivo das prisões e apreensões realizadas nesta segunda, é de desmantelar o crime organizado, relacionado a quadrilhas que atuavam cometendo Roubo de Carga, Receptação, Tráfico de Drogas e Estelionato.
A amplitude da operação foi estadual e até mesmo fora de Minas, sendo cumpridos mais de 100 mandados, sendo 63 de busca e apreensão e 39 de prisão.
Segundo informado foram presos na operação 44 suspeitos, sendo 37 em cumprimento de mandados e 7 presos em flagrante durante o desencadeamento da operação.
Foram realizadas ações em decorrer da operação nas cidade de Divinópolis, Martinho Campos, Varginha, Belo Horizonte, Contagem, Caetanópolis, Teófilo Otoni, Abaeté e ainda no Estado do Rio de Janeiro com cumprimento de Mandados de Prisão e Mandados de Busca e Apreensão.
Ainda como resultado da operação foram apreendidos quase R$56 mil em dinheiro e cheques. Foram apreendidos 04 veículos, 28 telefones celulares, 04 cadernos de anotações do tráfico de drogas, drogas, uma arma de fogo e munição.
No Município de Nova Serrana foram empenhados 50 viaturas e empregado quase 200 policiais militares e policiais civis, além do apoio equipe ROCCA e GER da 7°Cia PM Ind PE, 7°Cia PM RV (Rodoviária Estadual), 7°Cia PM Mamb (Meio Ambiente Estadual) e Helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais “PEGASUS”.
Conforme apontou o Promotor de Justiça, Dr Alderico Carvalho “Nova Serrana não é mais um paraíso para os criminosos, esta é a maior operação já realizada no município e ela surgiu de um trabalho conjunto entre as polícias e investigações que vem sendo realizadas no decorrer de operações que tem sido desencadeadas há cerca de dois anos. Isso mostra que mesmo com vários fatores dificultando o trabalho das forças de segurança em Nova Serrana o trabalho vem sendo feito e a repressão à criminalidade tem sido um fator presente no município”, disse o promotor.
Por sua vez o comandante do 60º BPM ressaltou que o trabalho ocorre de forma conjunta e que as ações contribuem para a redução criminal. “as forças de segurança tem trabalhado em conjunto, e o resultado e a busca da inibição da criminalidade. Foram empenhados esforços, e o trabalho realizado pela Promotoria, com o setor de inteligência da PM e a Polícia Civil culminou nesta que é a maior operação já realizada aqui. Agora o trabalho é direcionado para a Polícia Civil, que processa todos os fatos e forma os inquéritos”. Disse o comandante do 60º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Nova Serrana, Tenente Coronel Wemerson Lino Pimenta.
Conforme apontado pela delegada Drª Angelita Viviane, cerca de 100 policiais civis estão envolvidos direta e indiretamente na operação. “Após os trabalhos desencadeados nesta segunda um grande volume de ações são desenvolvidos, e cerca de 100 policiais civis estão envolvidos, não somente nas ruas durante a operação mas no processamento de provas, ocorrências toda a parte administrativa desta que é a maior operação realizada em Nova Serrana”, afirmou a delegada.
Covil de Ladrões II e Hidra
Segundo informado durante a coletiva a imprensa, a operação Covil de Ladrões II e Hidra foram realizadas em decorrência de operações que vem sendo realizadas desde 2018.
“Ao ser aprofundado as investigações foi então desencadeada a operação que atuou diretamente contra o crime organizado que já realizava não somente roubo de carga mas crimes violentos contra o patrimônio, atuando em várias frentes”. Disse o promotor Dr Alderico Carvalho.
“Na covil da Ladrões, a organização era especializada em crimes violentos contra o patrimônio, com vários núcleos, que agiam como estelionato, roubo de fábrica contudo, com profissionais, uma vez que os crimes ocorriam sem arrombamento, entravam subtraiam a mercadoria e saiam deixando tudo exatamente como encontraram”. Explicou o promotor.
Ainda segundo Dr Alderico, “existia por exemplo um núcleo prisional, onde presos atuavam junto a quadrilha, um núcleo especializado na interceptação, onde as mercadorias subtraídas eram distribuídas novamente ao mercado, há indícios de crimes como explosão e caixas eletrônicos, e já na operação Hidra, os trabalhos foram dirigidos para um grupo que atuava paralelamente, não necessariamente interligados, mas estes relacionados ao tráfico de drogas”, explicou e finalizou o promotor.
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