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Justiça

Dia Nacional do Oficial de Justiça: Enfrentando Desafios para Garantir Justiça e Vida

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Élia Maria dos Santos, oficial de Justiça de Divinópolis, conta como é a profissão — Foto: Élia Santos/Arquivo Pessoal

Nesta terça-feira (25), Dia Nacional do Oficial de Justiça, a data homenageia profissionais que levam as decisões judiciais para além dos gabinetes, garantindo que a Justiça se cumpra nas ruas, bairros, comunidades e até em zonas rurais.

Em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, Élia Maria dos Santos é uma dessas profissionais. Com 30 anos de carreira, ela é uma das pioneiras no cargo na cidade e coleciona várias histórias.

Segundo Élia, a profissão não tem rotina. Cada dia é um novo desafio. “Quando saio para trabalhar, não existe rotina, não sabemos o que vamos encontrar nas casas das pessoas. São muitas histórias vivenciadas”, relatou.

Em três décadas de experiência, ela diz que já sentiu medo, raiva e angústia em algumas situações, mas nenhuma emoção supera o orgulho de exercer uma profissão em que também se torna ouvinte e conselheira.

Em situações delicadas, como internações hospitalares, ordens de busca e apreensão ou prisão por pensão alimentícia, o trabalho exige calma, empatia e coragem.

No início da carreira, a falta de tecnologia tornava o trabalho muito mais difícil.

“Não existia GPS, computador, internet. As dificuldades de encontrar os endereços eram enormes. Já passamos quase que um dia inteiro para cumprir apenas uma intimação, mas isso ficou no passado, porque os avanços são reais. O que não muda a distância que percorremos, a natureza climática e a dificuldade em localizar endereços, principalmente na zona rural, há ainda uma certa dificuldade, mas nada se compara ao que passávamos há 20, 30 anos”.

Élia ressalta que o risco faz parte da profissão e desconhece algum colega oficial de justiça que nunca vivenciou uma situação perigosa.

“Enfrentamos xingamentos que podem chegar a agressões físicas. Muitas vezes, saímos sozinhos ou com outro colega, a lugares perigosos e desertos, enfrentando todo tipo de situação, o que nos torna vulneráveis e muito expostos”.

Com três décadas de atuação, muitas histórias ficaram na memória, como a do homem que ela intimou para uma audiência de separação judicial.

Outro caso envolveu a prisão de um homem por não pagar pensão alimentícia, com um desfecho surpreendente.

“Efetuei a prisão civil de um homem por falta de pagamento de pensão alimentícia. Depois, encontrei com sua sobrinha e ela me contou que, após a prisão, a família pagou a pensão, ele foi solto e nunca mais atrasou o pagamento. Virou evangélico e me agradeceu por tê-lo prendido naquela ocasião”.

Fonte: g1 https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2025/03/25/no-dia-nacional-do-oficial-de-justica-profissional-com-30-anos-de-carreira-relata-desafios-cumprimos-liminares-para-salvar-vidas-faca-sol-ou-chuva.ghtml

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