Editorial - Opinião sem medo!

Nesta terra ninguém fica em pé!

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Olá caros leitores, estamos de volta em um novo ano. 2020 chegou e trouxe com ele uma série de expectativas e dúvidas que fazem parte de nossa rotina, de nossa forma de ver o desenvolvimento de nossa cidade.

Para começar é claro, todos nós torcemos e esperamos que a indústria calçadista, tenha um ano de sucesso e crescimento. Ao contrário do que se percebe em muitos outros setores, a nossa torcida é para que nossas fábricas conquistem novos mercados, que o consumidor volte a ter confiança na economia e em consequência que tenhamos uma economia estável e cada vez mais rica em nossa indústria de transformação.

Durante a entrevista que fizemos com o senhor prefeito, o mesmo disse que torcer contra a administração é como torcer contra o município. Assim deixamos aqui nossas considerações de que, jamais vamos torcer pelo mal de nossa cidade, e quanto se diz respeito à indústria, bom, não somos sapateiros, somos jornalistas, mas sabemos que sem o sucesso de nossas indústrias, Nova Serrana simplesmente encalha.

Olhando de forma pessimista temos que alimentar a ideia e sermos realistas afinal, da forma como andam algumas coisas, se a indústria não tiver sucesso, simplesmente ficaremos a mercê do pensamento “o que será de nossa cidade?”.

Tem sido alimento ao longo desta gestão que alternativas vem sendo buscadas para que a cidade tenha um desenvolvimento econômico, mas é ainda leviano pensar que hoje Nova Serrana seria uma cidade saudável sem a força econômica de nossa bem sucedida e consolidada indústria calçadista.

Deixando de falar de economia, passamos para a política e ai a coisa fica ainda mais desesperadora para alguns e otimista para outros, isso porque estamos em ano eleitoral e pela forma como as coisas já começaram o nível será tão baixo como nunca.

Iniciamos o ano de forma generalizada vendo os motoristas de nossa cidade sendo chamados de animais pela maior autoridade executiva de Nova Serrana. Bom o que é um xingamento em momento de stress (para motoristas sem educação – temos que ressaltar isso), perto do tapinha do Papa?

“Aquele que não tiver erro que atire a primeira pedra”, com essa oratória o pedido de perdão do prefeito veio em seguida. As justificativas foram dadas, agora, saber se elas foram aceitas, isso somente será respondido no período eleitoral.

O período eleitoral inclusive já nos esquenta a cabeça; nas redes sociais o campo é minado, na justiça, os seis vereadores continuam afastados, Paulo Cesar segue inelegível e isso traz impacto para nossa política.

A Câmara já percebeu que as dificuldades financeiras não ficaram para trás, os recursos foram novamente limitados e a cassação agora não é mais uma questão de idealismo e moralidade, e sim de sobrevivência quanto às regalias dos vereadores, lembrando que esse ano elas precisam ser alimentadas, afinal, é ano eleitoral.

Os nomes para a disputa das eleições seguem tão vagos que nem mesmo o vice do prefeito na chapa já foi falado. O seu atual vice, talvez não permaneça posando ao lado do atual gestor em uma perspectiva política para a reeleição (apesar da simpatia e significativo trabalho feito por Nelson Moreto, se ele não vir na chapa vamos sentir sua falta).

Paulo e Joel seguem sendo como sempre, nomes alimentados nas esquinas de nossa cidade, mas pelo que pretende a atual gestão, serão esquecidos com uma gama enorme de obras e ações que devem ser inauguradas ou pelo menos iniciadas antes das limitações do período eleitoral.

Em meio a toda essa balbúrdia, uma brincadeira antiga começa a se encaixar muito bem no cenário que vamos ver neste ano. “Na minha terra ninguém fica em pé”, o nome de uma molecagem que consistia em um amigo derrubar o outro.

Assim frente a um processo de cassação, em um ano eleitoral, vaidades, desejos, poderes e vontades, vemos que nessa terra política, o objetivo de 2020 é que ninguém fique de pé, que ninguém sobreviva aos ataques políticos que estão por vir. E nesta brincadeira, aqueles que se manterem eretos, terão o poder nas mãos pelos próximos quatro anos.

Como Popular estaremos presentes narrando e noticiando todas as tramas dessa guerra fria que será mais do que quente, torcendo para que nessa terra, a população possa ficar de pé, que ela tenha voz, que seja respeitada e que venha a ter efetivamente o poder para ditar os rumos da terra do calçado.

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