Editorial - Opinião sem medo!

Não se pode acreditar nem mesmo na existência do bem e do mal!

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Nova Serrana vive um momento onde as forças e autoridades públicas constantemente se enfrentam e se digladiam pela razão. São versões e palavras fortes sendo colocadas de ambos os lados, mas em momentos distintos.

Nós como meio de comunicação que cobrimos e noticiamos os tramites do cenário político expomos semanalmente dois ou três fatos que caminham nesse sentido, contudo por ser neutros no processo não colocamos nossa base de pessoalidade nas notícias.

Ainda que tenhamos nossa perspectiva e por diversas vezes em nossos editoriais apresentarmos a população nossa visão dos fatos, trabalhamos de forma neutra na composição das matérias, e deixamos a seu critério entender quem são os mocinhos e vilões da política local.

Claro, você ainda tem o direito de entender que todos são na verdade vilões ou heróis que defendem os seus interesses de óticas diferentes. Mas você não pode negar que tem faltado franqueza, coragem e hombridade em muitos dos fatos aqui relatados.

De um lado denúncias sérias e possíveis irregularidades são levantadas atacando quem quer que seja ligado aos equívocos encontrados em uma investigação feita por um dos poucos legisladores da cidade que tem conteúdo para bancar e encarar a bronca.

Do outro lado temos uma gestão que carrega um discurso de honestidade e que parte para a pancada quando se fala em irregularidades praticadas debaixo de suas asas.

Ambos ficam de seus respectivos lares, acusando e apontando no outro os erros que os descaracterizam como representantes populares. Malícia, falação desenfreada, falta de propriedade, falta de clareza, falta de posicionamento e competência são alguns dos argumentos utilizados para atacar o outro lado da história.

Todos defendem com oportunismo suas perspectivas, todos defendem com unhas e dentes a sua vaidade e verdade, e a população sai perdendo porque em meio a tanta mediocridade já não se sabe em quem acreditar.

Em nossa matéria de capa, por exemplo, temos a constatação de um erro crasso para se colocar pontos finais nessa história. Por um lado o vice-prefeito aponta que o vereador sequer procurou constatação da possível irregularidade das notas duplicadas antes de expor para a imprensa, no caso esse Popular.

Por outro lado percebemos que também existe significativa má vontade por parte da administração do hospital, afinal, convidaram alguns vereadores a se fazerem presentes durante nossa entrevista exclusiva, só não convidaram, adivinhem? O vereador que fez as denúncias.

O engraçado que a presença de vereadores novatos no encontro mostra que talvez os esclarecimentos tenham sido mais com intuito político do que efetivamente sanar o assunto, e se assim desejam fazer, nos colocamos a disposição para que frente a frente as verdades, questionamento e explicações sejam não só dadas mas publicadas.

Se querem resolver o assunto, porque não se encararem e desmentirem ou encerrarem o assunto identificando o erro, que em nossa perspectiva, sinceramente não é unilateral.

Claro deve-se ter cuidado em todas as divulgações e publicações a serem realizadas, uma vez que em nossa cidade tudo tem se tornado alvo de investimentos eleitoreiros, denúncias e tragédias familiares são usadas de ambos os lados para imputar culpa ao político adversário.

O que as autoridades não notaram, no entanto, é que enquanto não tiverem culhão para frente a frente encerrarem os assuntos, os principais prejudicados são os populares, que seguem em uma cidade onde não se pode acreditar em nada, nem mesmo na existência do bem e do mal, porque ele tem vindo de ambos os lados em forma de vaidade.

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