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Em 2021 temos uma Câmara de Nova Serrana, uma política municipal renovada, com novos personagens, com novas posturas, tentando assim recuperar a credibilidade que escorreu pelo ralo na última legislatura.

A Casa do povo hoje efetivamente tem novos ares, mas se olharmos bem a fundo, não só na Câmara, mas como na política de nossa cidade, nada é tão novo que nunca tenha sido visto, e nada é tão velho que tenha se aposentado de nosso cenário.

Entendam caros leitores, não falamos aqui em ações pontuais, em minúcias, mas de modo geral, as práticas, o patriarcado, a forma de se trabalhar e fazer política em nosso município segue girando em cima do mesmo eixo, apenas com mudanças de protagonistas.

Num passado não tão distante, questionamos a compra de telefones celulares e equipamentos pela Câmara Municipal, agora, vemos vereadores e servidores desfilando com uniformes, que por sua vez, pasmem não serão obrigatórios.

Concordamos com o uso de uniformes pelos servidores efetivos, mas comissionados e vereadores ganharem uniformes é no mínimo indigesto, isso porque nem mesmo a obrigatoriedade de usar a marca da casa no peito será empregada.

Qual o sentido de gastar mais de R$ 11 mil com camisas que não serão necessariamente utilizadas. Só pode ser uma coisa, o presidente da casa cansou de ver certo vereador usando camisa de praia durante as reuniões.

Se tratando de práticas “novas”, a Câmara implementa serviços, carteiras de identidade, campanha de doação de sangue, mas espera. Em um passado não tão distante, a doação de sangue era uma bandeira carregada pelo ex-líder de governo, Pr Giovane Máximo, e na época nem mesmo custo para o município se tinha.

Quanto as carteiras de identidade, se lembrarmos bem, não houve a implantação de tal serviços, mas iniciativas como apoio jurídico e PROCON Câmara, também já foram implementados para servir a população.

Não estamos refutando o serviço, mas a Câmara não está tão renovada como dizem os edis. Lembra do cabide de emprego, levantado por Jadir Chanel? Ora basta ir até a casa que você leitor verá, que tem comissionado literalmente coçando e sendo importuno na casa.

O despreparo é tanto que recentemente até mesmo uma palestra foi interrompida porque um homem de confiança da gestão da casa, não desconfiava e assistia vídeos com o maior volume durante as falas do palestrante.

Temos que ressaltar que os assessores dos gabinetes estão aparentemente mais bem preparados, mas isso era necessário, diante de uma casa, onde se conta nos dedos os vereadores que sabem bem o que fazem ali.

Uns são marionetes do governo e votam somente no que manda o seu líder. Outros, ainda estão perdidos, mas isso vai mudar em breve, afinal, o primeiro ano está por se encerrar e as garras serão colocadas para fora, na briga pela presidência da casa.

A Câmara pode ser nova, mas ainda funciona sobre a batuta do patriarcado, basta você assistir uma reunião, online mesmo, porque presencialmente poucos suportam, e verá que antes de dormir, quase todos os vereadores pedem benção aos seus senhores, em particular dois nomes que necessitam ser afagados e promovidos, afinal, ano que vem temos eleições.

Os Fantasmas de Paulo e Joel não são mais vistos de forma impregnada no legislativo, agora, dois outros líderes políticos são aqueles que são afagados todas as noites. Projetos, politicagem, agradecimentos, indicações, babação desenfreada.

Salientamos que aplaudimos a evolução da casa, em modernidade, transparência e seriedade. Até mesmo os barracos internos dos edis são muito mais administrados pela gestão, que faz um trabalho diferenciado do que se viu nos anos anteriores.

Contudo no fim de toda terça-feira, ao olharmos para o legislativo, para nossa política percebemos que efetivamente, os agentes em sua grande maioria são outros, mas os fatos, as relações, as ações, são diferentes para serem aplaudidas, e iguais para serem lamentadas, em um cenário político de renovação, que não trouxe até agora, nada de novo que nunca tenha sido visto, e nada tão velho que já tenha sido esquecido.

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