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Municípios atingidos por rompimento da Vale em Brumadinho começam a receber máquinas para recuperação de estradas rurais

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Vinte e cinco municípios atingidos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho receberão 75 máquinas para manutenção e recuperação de estradas rurais ao longo de 2022. As duas primeiras localidades atendidas, na tarde desta quarta-feira (4/5), com uma retroescavadeira 4×4 cada, foram Pequi e Paraopeba. As informações são da Agência Minas.

Também serão destinados equipamentos para os municípios de Abaeté, Betim, Biquinhas, Caetanópolis, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Mateus Leme, Morada Nova de Minas, Paineiras, Papagaios, Pará de Minas, Pompéu, São Gonçalo do Abaeté, São Joaquim de Bicas, São José de Varginha e Três Marias.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, esteve em Pequi, junto a gestores municipais, prestou solidariedade às famílias das 272 vítimas do rompimento e destacou a responsabilidade dos órgãos públicos com o processo de reparação.

“O Governo de Minas, ao lado do Ministério Público, da Defensoria Pública de Minas Gerais e do Ministério Público Federal, segue firme no acompanhamento e na fiscalização do Acordo de Reparação de Brumadinho, para que a empresa cumpra todas as exigências, projetos e prazos previstos”, ressaltou.

O desenvolvimento do projeto foi orientado pela Superintendência de Logística e Infraestrutura Rural (Selir) da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A primeira etapa contempla a entrega de três máquinas para cada um dos 25 municípios. As entregas, pelos fornecedores, ocorrerão de acordo com a disponibilidade dos maquinários definidos no escopo do projeto.

Em Paraopeba, o subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável da Seapa, Ricardo Demicheli, representou o Governo de Minas durante o recebimento. “Importante destacar que na segunda fase o projeto prevê capacitação técnica, para que as prefeituras façam o melhor uso possível das máquinas, levando em conta uma recuperação sustentável e ecológica das estradas rurais. Essas são importantes vias para o escoamento de produtos e também para a mobilidade da população”, detalhou Demicheli.

A entrega dos equipamentos foi acompanhada ainda pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), por meio do Comitê Gestor Pró-Brumadinho.

Execução

O projeto teve início autorizado em janeiro deste ano, sua execução é de responsabilidade da Vale, sob acompanhamento da auditoria independente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e dos compromitentes do Acordo de Reparação – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público Federal e Defensoria Pública de Minas Gerais.

A primeira fase do projeto envolve a aquisição dos equipamentos que começam a ser entregues.  A segunda fase, que teve ordem de início na última sexta-feira (29/4), envolve a capacitação de equipes técnicas locais, com a oferta de treinamentos práticos e teóricos para a manutenção de estradas rurais não pavimentadas. Os cursos contarão com instruções práticas nos municípios, aplicadas em obras de até cinco quilômetros, em vias rurais, e custo de mais de R$ 2,5 milhões.

O prefeito de Pequi, André Luiz Melgaço Tavares, agradeceu a entrega. “A retroescavadeira irá auxiliar muito a cidade, limpando açude, retirando o cascalho das estradas para que os produtores possam escoar sua produção. São várias as finalidades que esta máquina tem, mas a principal é ajudar os pequenos produtores, coisa que ela vai fazer a partir de amanhã”, afirmou.

Também na avaliação do prefeito de Paraopeba, Aroldo Costa Melo, a ação vai contribuir para o município. “Temos 700 quilômetros de área rural e essa primeira de três máquinas vem a agregar para a gente. Pode ter certeza de que será bem empregada”, considerou.

O Acordo Judicial visa reparar os danos decorrentes do rompimento das barragens da Vale S.A. em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o Estado de Minas Gerais.

Foto: Marco Evangelista / Imprensa MG

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