ASSÉDIO MORAL
Mulher comenta constrangimento ao receber comanda com comentário obsceno
Patrícia Melo, de 42 anos, estava com o marido e alguns amigos em um bar em Petrópolis, no Rio de Janeiro, quando, ao pedir a conta, ficou sem reação ao ler o que estava escrito na comanda de consumo. O caso aconteceu no dia 10 de janeiro.
No meio dos pedidos realizados pelo grupo, a comanda tinha uma observação. “Moça do peitão” estava escrito no papel.
“Um total abuso e desrespeito. Eu nunca imaginei que isso iria acontecer na minha vida”, confessou Patrícia. Ela ainda usou as redes sociais para mostrar seu repúdio frente a situação.
“Um verdadeiro absurdo como mãe, mulher, consumidora e um assédio para mim como cliente! […] Minha indignação é por mim e por tantas mulheres que sofrem diariamente tais abusos e simplesmente se calam… Você não tem que se calar. O desrespeito bate a nossa porta! Não brinque. Nem ache engraçado. Podia ser com você! […] Já sofri muito para ficar quieta. Sou mulher e mereço respeito”, escreveu Melo.
Segundo Patrícia, o gerente do bar pediu desculpas ao ser questionado e falou que era prática “comum” identificar os clientes utilizando características físicas.
A Ambev, empresa responsável pelo estabelecimento, informou que tem reforçado o treinamento de toda a equipe para que situações como essa não se repitam e que adotou “as medidas cabíveis com os colaboradores envolvidos”.
“Assim que soubemos do ocorrido conversamos com a cliente para pedir desculpas. Lamentamos profundamente pela ocorrência dessa situação – que não reflete o respeito, que é um dos nossos principais valores – e reforçamos publicamente nosso pedido de desculpas. Informamos ainda que apuramos internamente o caso e adotamos as medidas cabíveis com os colaboradores envolvidos, bem como estamos reforçando os treinamentos com toda a equipe para que situações assim não voltem a ocorrer”, afirmou a empresa.
De acordo com o delegado da vítima, o episódio foi registrado na Delegacia do Consumidor (Decon) e um processo por danos morais será aberto contra o estabelecimento.
Fonte: Istoé