Muitos beneficiários do auxílio emergencial não poderão sacar os R$ 600, pois estarão com os recursos em espécie bloqueados. Isso acontecerá para uma boa parte da população considerada mais vulnerável. Haja vista que muitas delas não possuem conta em banco e, assim, receberão, uma conta digital que, no primeiro momento, vai permitir apenas pagamentos digitais de contas e transferências.

Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, a eventual liberação imediata dos recursos para saque levaria a um colapso do sistema.

Os pagamentos do benefício começaram a ser realizados a partir da quinta-feira (9), com repasses a correntistas da Caixa e Banco o Brasil. Na semana que vem, os clientes de bancos privados começarão a receber os R$ 600.

Já para quem está fora da rede bancária, a Caixa vai disponibilizar uma conta digital gratuita. Portanto, para essas pessoas, haverá um cronograma escalonado de retirada dos recursos em dinheiro. As datas, no entanto, ainda estão sendo definidas e só devem ser divulgadas na próxima semana.

“As pessoas vão receber o dinheiro na conta e vão poder fazer a movimentação. Se quiser sacar, vai ter um coronograma. Se liberarmos 50 milhões [de pessoas] para sacar ao mesmo tempo, é um colapso do sistema financeiro”, afirmou o presidente da Caixa.

“É uma dinâmica que equilibra economia e saúde”. Guimarães reconhece que esse grupo de pessoas é o de parcela mais baixa de renda. Segundo ele, os trabalhadores informais já estão acostumados a fazer transações digitais.

Para ele, a demanda por dinheiro em espécie, será maior entre os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). “Nós estamos discutindo porque precisamos entender quantos são, quantos a gente já paga via conta na Caixa, Banco do Brasil e outros bancos. Mas, como a gente não tem nem essa base de dados, nem a de informais, vamos anunciar [o cronograma de saques] no começo da semana que vem”, disse.

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