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MPT resgata 33 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Minas

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Trinta e três trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados em uma colheita de eucalipto na zona rural de Jacuí, no Sul de Minas Gerais, em ação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Todos eram homens e vieram de diferentes regiões do Estado e do país. As informações são do jornal O Tempo.

O caso começou a ser apurado após uma denúncia anônima recebida pelo órgão em julho. As vítimas foram encaminhadas a hotéis em São Sebastião do Paraíso, e verbas rescisórias e pagamento de salários atrasados totalizam R$ 385 mil.

“A ação teve início na semana passada, no dia 13 de setembro, contra uma empresa encarregada pelo corte de madeira em uma floresta. O acerto rescisório dos trabalhadores foi finalizado nessa quinta-feira (22/09), após dias de muita tensão e diálogo com o empregador e com a empresa tomadora de serviços”, afirma, em nota, a procuradora do Trabalho na unidade do Ministério Público do Trabalho em Varginha (MG), Letícia Soares, que participou da diligência.


No imóvel onde estavam alojados os trabalhadores, não havia cama, outros móveis, geladeira ou utensílios de cozinha. Não havia água potável disponível às vítimas. O denunciante alegou que “houve descumprimento de acordo verbal feito com os trabalhadores contratados para o corte de eucalipto, a partir da intermediação feita pelo ‘gato’ que os abordou”.

“Os trabalhadores estavam alojados em casas alugadas pelo empregador e, em alguns casos, pelos próprios empregados. Os locais não apresentavam condições adequadas de habitabilidade, segurança, conforto, ou higiene, sem fornecimento de camas e armários.  Os trabalhadores relataram que a geladeira não funcionava há cerca de duas semanas e o chuveiro havia sido comprado pelos próprios trabalhadores. Nos dormitórios, eles dormiam em colchões no chão e nunca haviam recebido roupas de cama. Além disso, havia paredes que estavam mofadas e instalações elétricas com risco de choque elétrico. Dentre o grupo de trabalhadores, havia alguns que estavam sem a formalização dos contratos de trabalho e com salários atrasados. A remuneração registrada também não correspondia com o valor pago pelos empregadores”, diz o MPT.

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