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MP recebe denúncia de compra de votos contra bolsonarista que negou marmita

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O Ministério Público Federal (MPF) recebeu uma denúncia de compra de votos contra o empresário Cássio Cenali, que aparece em um vídeo negando marmitas a uma eleitora do ex-presidente Lula (PT). A notícia-crime feita contra o bolsonarista foi feita pelo coletivo Advogadas e Advogados pela democracia, que também pede que ele seja investigado por ter recebido auxílio emergencial supostamente sem ter necessidade. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”.

Em um vídeo gravado pelo próprio empresário em Itapeva (SP), ele aparece ironizando a diarista Ilza Ramos Rodrigues. Ao entregar a ela uma marmita, ele questiona em quem ela vai votar. Ao saber que seria em Lula, ele afirma que não faria mais doações a ela e que ela deveria pedir comida ao ex-presidente. Após o episódio, ele pediu desculpas nas redes sociais.

A representação lembra que o empresário bolsonarista recebeu o auxílio emergencial entre abril de 2020 e outubro de 2021. No total, foram 15 parcelas o que, segundo a denúncia feita ao MP, seria incompatível com a condição de alguém que pode doar 60 marmitas semanais, como diz Cássio Cenali.

Com relação à acusação de compra de votos, o argumento do grupo é de que, após fazer ameaças de não doar mais marmitas à diarista por conta de sua decisão de voto, o empresário de fato parou de fazer as entregas na semana seguinte. “O noticiado não apenas ameaçou deixar de dar semanalmente as marmitex para a não declarante de voto em seu candidato à Presidência da República, como, de fato, deixou de dar, não comparecendo mais ali, na outra quarta-feira, com o alimento que antes chegava religiosamente. A conduta do noticiado se configura, na prática, em tese, crime de compra de votos”, afirma a denúncia feita ao MP.

Foto: reprodução Youtube

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