Policial
Motorista alvejado por PM de folga passa por 10 horas de cirurgia
Crime ocorreu no final da tarde de sexta-feira, na orla da Lagoa da Pampulha
O motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, que levou um tiro na cabeça disparado por um cabo da Polícia Militar, passou por cirurgia de 10 horas e meia no Hospital do Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Segundo a família, ele vai perder a visão de um olho e poderá ter graves sequelas, pois seu cérebro foi gravemente atingido. Com informações de Estado de Minas.
O tiro teria sido disparado pelo policial Aldir Gonçalves Ramos, de 41, que estava de folga e à paisana, dentro da base da Guarda Municipal, na Avenida Otacílio Negrão de Lima, Bairro São Luiz, na Pampulha. O fato seria consequência de uma briga de trânsito, que teria começado na mesma avenida, na altura da Toca da Raposa.
Bruno dirigia um Sandero, enquanto Aldir estava numa motocicleta. O que aconteceu, que teria motivado a discussão, não foi detectado.
Depois do tiro, o policial militar foi preso e levado para a Delegacia localizada próxima à base da Guarda Municipal. Lá, foi autuado por tentativa de homicídio.
Vigília
A família de Bruno está em vigília, na porta do Hospital do Pronto Socorro, desde que ele foi atingido. Segundo parentes, ainda existe um problema, que é a falta de vagas na UTI. “Ele está aguardando uma vaga desde o fim da cirurgia”, disse uma tia, Cintia Archanjo.
Parentes de Bruno se mostraram revoltados, pois afirmam que o policial acabou com a vida de Bruno. Um tio disse que a bala destruiu seu cérebro e que ele nunca mais voltará a ser o mesmo.
Os familiares contaram, também, que Bruno, além de motorista de aplicativo, trabalha como segurança e que a decisão de dirigir foi para melhorar a renda da família.
Segundo uma testemunha, o motorista e o policial chegaram a se atracar. O militar ainda teria jogado pedras no carro da vítima.