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Ministros repudiam – financiamento de campanha – Kalil x Zzema – cassação de vereador
MINISTROS REPUDIAM – FINANCIMENTO DE CAMPANHA – KALIL X ZEMA – CASSAÇÃO DE VEREADOR
Com intenção de mudar seu perfil, um grupo de filiados do PSL, tenta convencer o presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar, a alterar o nome do partido. A ideia é fazer uma pesquisa pelas redes sociais com intuito de se escolher o novo nome da agremiação e um novo logotipo. O objetivo é criar uma imagem mais alinhada às ideias conservadoras nos costumes e liberais na economia. A proposta ainda em fase embrionária encontra resistência pelo presidente da sigla partidária.
INTERPELAÇÃO JUDICIAL
Foi protocolado judicialmente pelo atual Presidente da OAB Felipe Santa Cruz, um pedido de explicações ao Presidente da República Jair Bolsonaro, que na visão do jurista teria cometido crime contra a honra de seu pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, um dos desaparecidos da ditadura militar. Nesta semana, Bolsonaro afirmou que sabia como Fernando havia morrido. No mesmo dia, porém mais tarde, o Presidente complementou a informação dizendo que ele foi morto pelo grupo de esquerda “Ação Popular”.
MINISTROS REPUDIAM
Sobre o caso, o ministro Marco Aurélio, do Superior Tribunal Federal (STF), disse estar muito preocupado com o “destempero verbal” do Presidente Jair Bolsonaro. “Tempos estranho. Onde vamos parar?”. Marco Aurélio propôs uma solução heterodoxa para evitar falas desse tipo. “No mais, apenas criando um aparelho de mordaça”. Sob a condição de anonimato ao Blog do jornalista Tales Faria do portal UOL, outro ministro argumentou que “o pior de tudo é o mau exemplo, a associação do sucesso político ou qualquer outro à incivilidade e à grosseria. Por outro lado, acho que pode ser um marco de como as pessoas não devem ser. A repugnância tem sido geral”.
CRÍTICAS
O Partido Novo recorreu às redes sociais para criticar as recentes declarações do Presidente, especialmente nos comentários sobre a morte de Fernando Santa Cruz. “O Novo espera que um político tenha senso de prioridade, respeito à população e inspire pelo exemplo. As declarações do Presidente Bolsonaro vão na direção oposta. Perde o país”, publicou a legenda.
IMPEACHMENT
A deputada estadual Janaína Paschoal protocolou um pedido de impeachment contra o presidente do STF, ministro Dias Toffoli que suspendeu o compartilhamento de dados por parte de órgãos de controle, como o COAF sem autorização da justiça. De acordo com Toffoli, a medida será mantida até que o plenário do STF analise o caso. A decisão do ministro favorece o filho de Bolsonaro, senador Flávio que é investigado por supostos crimes de movimentação financeira ilegal, como lavagem de dinheiro e associação criminosa.
FINANCIAMENTO DE CAMPANHA
Os partidos políticos poderão receber em 2020, aproximadamente R$ 4,6 bilhões em recursos públicos, somando os recursos do fundo eleitoral e do fundo partidário, conforme previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), apresentado pelo relator da comissão mista de orçamento do congresso. A proposta será debatida no segundo semestre na câmara federal e o presidente da Casa, Rodrigo Maia já se posicionou favorável à sua aprovação.
PESSOAS FÍSICAS
Sem o financiamento de empresas privadas e com muitas críticas ao modelo de doação feito pela União, especialistas apontam que a saída para o impasse está no financiamento voluntário, sem limites. De acordos com os especialistas, hoje como tem limites e as empresas privadas são proibidas de doar elas inventam maracutaias para doar de forma escondida. Ainda na visão dos debatedores, as doações seriam mais claras, pois não haveria motivos para esconder o financiamento como ocorre hoje.
KALIL X ZEMA
O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), deu um ultimato e afirmou que vai responsabilizar o estado se tiver que fechar algum hospital, determinando que até a próxima segunda-feira o estado terá que se posicionar sobre a questão. Kalil afirmou que a situação da dívida do estado com a capital, em especial aos repasses para a saúde, terão que ser resolvidos na próxima rodada de negociações, prevista para 05/08, caso não ocorra o acordo, que acionará judicialmente o estado. De acordo com o prefeito de Belo Horizonte, o estado deve ao município aproximadamente R$ 100 milhões, valores referentes somente à saúde que não foram repassados este ano.
METRALHADORA
Na Assembleia de Minas, Kalil não poupou criticas aos governos de Romeu Zema e Bolsonaro. O mandatário da capital foi direto ao afirmar que, até aqui, o presidente não tem feito um bom trabalho, mesmo com a confiança dos 58 milhões de votos que obteve e que se esconde atrás de factoides repercutidos pela imprensa, dos assuntos mais relevantes e urgentes do país.
SEM PARAR
Usando seu Twitter continuou o prefeito a disparar sua metralhadora. Dirigindo-se ao Secretário de Fazenda de Minas, Gustavo Barbosa, disse o prefeito, “o senhor pode ditar regras para o prefeito de Moema (Julvan Lacerda). Com o prefeito de Belo Horizonte, se quiser continuar em bons termos, é melhor sentarmos a mesa”. Kalil é um natural candidato à reeleição da PBH, mas basta um pouco mais de atenção para se perceber que seu projeto contempla 2022, 2020 seria apenas um trampolim.
CASSAÇÃO DE VEREADOR
Agendada para a última quinta-feira na câmara de vereadores de Belo Horizonte, a reunião para tratar da possível cassação do vereador Cláudio Duarte (PSL). O vereador é acusado de embolsar R$ 1 milhão ao receber parte do salário dos servidores de seu gabinete. A prática é conhecida por “rachadinha”. A sessão extraordinária que votará o relatório da comissão processante estava prevista para iniciar as 9h30. Até o fechamento desta coluna, o resultado ainda não havia sido divulgado.
FRASE DA SEMANA
“Há uma criação de factoides para ofuscar problemas reais que atingem o povo brasileiro. Qual o plano para o SUS, para a ação social no país, para a criação de emprego para treze milhões de brasileiros? Não tem, porque estão aí discutindo coisa que aconteceu em 1964 (golpe militar). Há um desvio de foco para o que realmente precisa ser feito no Brasil. Quando eu fechar o hospital ou leitos, como vai ter que acontecer, vou para a justiça porque juiz de direito fecha hospital tem nome e sobrenome. Ele tem que saber que BH merece respeito”. Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte.