Justiça
Ministério das Mulheres repudia série de feminicídios no Natal
‘Violência contra a mulher não escolhe raça, classe social ou nível de escolaridade’, diz nota pública da pasta após 4 assassinatos
RESUMINDO A NOTÍCIA
- Em um intervalo de 24 horas, quatro mulheres foram mortas por maridos ou ex-companheiros
- Uma quinta vítima conseguiu sobreviver, lutou com o agressor, que acabou morrendo
- Ministério da Mulher, a exemplo de entidades vinculadas à Justiça, repudiou os feminicídios
- Caso de maior repercussão foi o da juíza esfaqueada 16 vezes pelo ex na frente das filhas
Ações
Juíza
Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido na frente das três filhas. O crime ocorreu por volta das 18h30, quando a juíza levava as três filhas (duas gêmeas de 7 anos e uma de 9 anos) para passar o Natal com o pai.
Ela se encontrou com Paulo Arronenzi na rua Raquel de Queiroz.
No vídeo que chegou a circular nas redes sociais e está sendo usado como prova pela polícia, o ex-marido ataca a juíza na frente das filhas, a despeito dos pedidos das meninas para que parasse.
Testemunhas ainda pediram socorro aos guardas municipais do 2º SubGrupamento de Operações de Praia, que estavam na base ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local do crime. Os agentes encontraram a juíza desacordada, caída ao chão.
Apontado por testemunhas como autor do crime, Arronenzi foi preso pelos guardas municipais sem mostrar resistência. Ele teve sua prisão convertida em preventiva.
Outras manifestações
Desde o feminicídio da juíza Viviane Vieira do Amaral, diversas entidades tem se manifestado sobre a necessidade de mais rigidez no combate à violência contra mulheres.
Na sexta, 25, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, divulgou comunicado afirmando ser ‘urgente’ o debate sobre violência doméstica no País e que a Corte e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ‘se comprometem com o desenvolvimento de ações que identifiquem a melhor forma de prevenir e de erradicar’ este tipo de crime.
Manifestação semelhante foi divulgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, que classificou o femicídio como ‘uma chaga’.
A Associação dos Juízes Federais afirmou que o feminicídio ‘perpetua banalização da vida e a liberdade da mulher’.
O Conselho Nacional do Ministério Público disse que levará o caso ao Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão para elaborar estudos e medidas para aperfeiçoar o sistema nacional de Justiça em relação a esses crimes.
Confira os canais de denúncias do MMFDH:
Ligação gratuita: 180
Whatsapp: (61) 99656-5008
Telegram: “DireitosHumanosBrasilBot”
Aplicativo: Diretos Humanos Brasil
Site: ouvidoria.mdh.gov.br
* Fonte: R7.com