Educação
Mineiro é o primeiro brasileiro negro a se formar em Harvard
O mineiro Arthur Abrantes, de 26 anos, entrou para a história recentemente ao se tornar o primeiro brasileiro negro a se formar na faculdade de Harvard, considerada uma das melhores instituições de ensino superior dos Estados Unidos e do mundo. As informações são do jornal O Tempo.
Natural de Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais, o jovem sempre estudou em escola pública e foi depois de ver uma reportagem em que uma estudante brasileira se formou na universidade americana que nasceu dentro dele o sonho de fazer a mesma coisa.
“Nem passava pela minha cabeça fazer uma universidade nem no Brasil, quanto mais fora. Meu pai não teve a oportunidade de estudar, mas quis isso para os filhos”, conta.
Foi no ensino médio que Abrantes começou a trabalhar para ir para a universidade americana. Na época ele estudava no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).
“Eu comecei a estudar inglês sozinho com a ajuda da internet, aplicativos e séries. Também trabalhei para ter boas notas na escola e fiz atividades extracurriculares como esportes, grupo de robótica, teatro e outras atividades que contavam para entrar nas universidades americanas”, relatou. Abrantes não tinha condições financeiras para estudar nos Estados Unidos.
Ele chegou ao país em 2015 por meio do projeto Jovens Embaixadores que leva estudantes brasileiros da rede pública para o país americano e arca com os custos. “Tentei 12 universidades diferentes, passei em cinco e optei por Harvard”, contou.
O mineiro quer que sua história inspire outras pessoas. “Ter sido o primeiro brasileiro negro e o primeiro mineiro a se formar em Harvard foi muito emocionante não só pelo que isso representa para mim, mas pelo que representa a todas as pessoas que são semelhantes a mim ou que vem de lugares parecidos com os meus. Assim como eu descobri essa possibilidade por que vi outra pessoa fazendo. Eu espero que essa história incentive e inspire outras pessoas a chegarem a universidade seja no exterior ou no Brasil. Muita gente como eu não tinha perspectiva de se formar na faculdade. Então contar essa história e divulgar ajuda muito a descobrirem que é possível chegar um pouco mais longe”, enfatiza.
O jovem se formou em computação, psicologia e francês. Atualmente ele trabalha par uma empresa de tecnologia americana e sonha em fundar sua própria empresa no futuro.