Violência
Minas Gerais registra, em média, 250 casos de violência contra crianças por mês
Levantamento mostra que a maior parte dos casos de violência contra crianças ocorre dentro de casa
Levando em conta violência física e sexual, Minas registrou uma média mensal de quase 250 casos neste ano. E essa é uma realidade frequente já há algum tempo. Desde 2019, a média mensal tem sido mais ou menos a mesma, sempre acima de 200 casos por mês. E os registros de violência sexual são maiores, são quase 5 casos por dia no Estado. Outro dado que precisa ser considerado, é o fato de que quase 80% das violências são praticadas por familiares ou pessoas próximas das vítimas. Com informações de Itatiaia.
Os números levantados pela reportagem da Itatiaia com o Governo de Minas mostram que é preciso uma intervenção maior dos diversos órgãos públicos no sentido de combater o crime. “Essas estatísticas tornam a questão ainda mais preocupante e demanda uma intervenção ainda maior e mais eficiente por parte do estado através dos órgãos da rede de proteção: escola, polícia, justiça, conselho tutelar. Muitas das vezes, pessoas que deveriam zelar pelo desenvolvimento saudável são os autores desses atos de violência”, disse Thalita Caldeira, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Por causa da gravidade dos casos e dos impactos que esse tipo de crime traz para as vítimas, é preciso estar atento aos sinais. “São eles: dificuldades escolares, depressão, automutilação, presença injustificada de lesões, isolamento social e comportamento inadequado para idade”, informou a delegada.
Para quem quer ajudar, a delegacia está recebendo doações que são utilizadas no atendimento a essas vítimas. “Nós estamos na avenida Nossa Senhora de Fátima, 2.175, no bairro Carlos Prates”, disse. A ajuda que vem da população é bem-vinda, mas é preciso também cobrar ajuda especializada.
De acordo com o presidente do Fórum Mineiro de Conselheiros Tutelares, Carlos Guilherme, falta capacitação profissional para atendimento a essas vítimas.
“Faltam ações públicas de maneira continuada porque a lei muda de maneira constante e é necessária uma formação para ocorrer o melhor atendimento, de maneira atualizada e mais assertiva”, explicou.