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Minas Gerais e os seus próximos desafios

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Pois bem, já foi iniciado a transição de governo nas alterosas, a equipe de Romeu Zema, aos poucos vai tendo acesso às contas públicas de Minas.

O próximo governo deve ser iniciado, com a previsão de déficit de R$ 11,44 bilhões no orçamento de 2019. A estimativa está no projeto de lei 5.406/18 que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Vale ressaltar que a receita estimada pelo governo é de R$ 100,33 bilhões e a despesa fixada é de R$ 111,77 bilhões.

Ou seja, se esses números se confirmarem nada bom começar um governo com esse déficit, contudo, os números podem ainda serem maiores.

Em síntese, a situação de Minas Gerais é a seguinte, segundo a firjan, que é a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o Estado de Minas gasta muito com pessoal, se endividou além do permitido, investe pouco e entrou até no “cheque especial”, deixando mais restos a pagar do que dinheiro no orçamento.

Ainda de acordo com a Firjan, os estados em pior situação fiscal são Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Outro problema que afetas os três estados é o da liquides, ou seja, não têm recurso em caixa para pagar fornecedores e, em alguns casos, até servidores. Em Minas o salario dos servidores, encontra-se parcelado desde 2016, de boa parte do funcionalismo, essas avaliações são do economista-chefe do Sistema Firjan, Guilherme Mercês.

Os desafios do próximo governo serão imensos, colocar o salario em dia dos servidores, pagar fornecedores, entre tantas outras questões, a salvação do nosso Estado estaria naquilo que o atual governo nomeia como encontro de contas?

Esse encontro de contas poderia sim resolver os problemas, eis que livraria Minas da dívida com a União.

O atual governo alega que, enquanto a dívida mineira é de R$ 88,35 bilhões, a União deve R$ 135,67 bilhões ao estado pelas perdas com a isenção do ICMS nas exportações determinada pela Lei Kandir.

De fato, seria uma pronta solução, contudo, não acredito que a União terá todo o interesse em promover esse encontro e deixar de ser credor, para ser devedor.

Enquanto essa questão não se define, não existe magica e Minas na situação em que se encontra terá de ser  governada com metas, redução de custos, fazer aplicar o máximo possível de eficiência na administração pública, ou seja, procurar reduzir a máquina pública.

Romeu Zema, conta com bons nomes no processo de transição, engenheiro civil  especialista em tecnologia, possui diversos cursos no exterior, ex vice presidente do CREA – MG, a vice-presidência da SME (Sociedade Mineira de Engenheiros), ex-presidente do MIT Club do Brasil, ex-diretor financeiro da ASSESPRO Nacional e demais movimentos de classe.

Outro encarregado de atuar nesse processo de transição é o vereador de Belo Horizonte, pelo partido Novo, o Advogado Mateus Simões, que é um exemplo a seus pares, quando o assunto é economia de mandato, já são mais de um milhão e meio de reais de economia, em dezenove meses de atuação, Mateus é mestre em Direito pela Faculdade Milton Campos, também professor da Fundação Dom Cabral em temas ligados a governança, por fazer parte da transição Mateus se licenciou da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Acredito e torço para que a próxima gestão das alterosas traga em primeiro lugar: eficiência, austeridade. Enfim, responsabilidade com nosso Estado, pois apesar de todo o quadro de endividamento, ainda acredito que podemos superar essa situação.

Para refletir

“O único uso do dinheiro é circular bens consumíveis.“

  • Adam Smith
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