Em 2021, mais de 1,2 milhão de exames dessa categoria foram realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas. Destes, 411 testaram positivo, auxiliando para que crianças fossem encaminhadas para a primeira consulta médica.

Segundo informou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em entrevista coletiva concedida nesta manhã, o programa será ampliado de forma gradativa e escalonada, totalizando cinco fases. Ao todo, 33 enfermidades serão incluídas.

“Estamos falando do segundo maior Estado do Brasil, ou seja, a incidência de doenças é sempre proporcional ao número de habitantes. E o diagnóstico vai nos obrigar, de forma positiva, a construir uma rede de doenças raras mais robustas. Temos um grande desafio que se desdobra a partir daqui”, disse.

Ainda de acordo com o titular da pasta, as demais 27 enfermidades devem ser inseridas no decorrer de 2022 e 2023. “O que estamos apresentando agora é um diagnóstico precoce, que faz toda diferença. O diagnóstico muda completamente o desfecho da vida da criança”, concluiu.

De acordo com a pasta, a ampliação é prevista em lei sancionada em janeiro de 2020, que garante a execução de todos os exames com o teste do pezinho ampliado. Todas as amostras serão encaminhadas ao Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), órgão complementar da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Todas as doenças serão identificadas pelo teste do pezinho, este acréscimo não significa uma nova coleta, é o mesmo material. E está sendo feito todo um investimento para que essas crianças tratadas com doenças raras automaticamente recebam o tratamento. Vamos começar pelo o que vai dar um retorno imediato e, posteriormente, a medida que o Ministério da Saúde normatizar para outras enfermidades, vamos fazer um sincronismo para que isso aconteça de maneira gradativa para atingir todas as 33”, avaliou o diretor do Nupad, José Nélio Januário.

Para a realização do aumento de exames contemplados, o governo disponibilizará o recurso de mais de R$ 13,1 milhões por ano. Todos os 853 municípios oferecem a triagem pelo SUS, com 3.744 postos de coletas, sendo 3.658 Unidades Básicas de Saúde e 86 maternidades cadastradas.