Colunistas
“… mas dizei uma só palavra e seremos salvos!”
Hoje quero fazer uma crítica a todos nós, que de uma forma inexplicável vivemos na passividade política, social e até moral. Estamos num torpor e delírio com nossas próprias opiniões sobre acontecimentos, que na verdade estão sendo entorpecidos pelos comentários, memis e brincadeiras nas redes sociais, que seriam engraçados se não fossem tão sérios.
É evidente a força da mídia sobre os costumes da atualidade. Estamos todos usando máscaras (ou não), cuidando da higiene pessoal (ou não) e ainda, cada vez mais íntimos do álcool gel como somos da pasta de dentes (ou não).
Nos cumprimentamos com toques dos cotovelos ao invés do aperto de mãos ou abraços. Não sabemos o que fazer, não sabemos onde buscar ajuda e não sabemos o que vem por aí.
Em Nova Serrana, onde a política sempre esteve muito polarizada, as opiniões não encontram base razoável para esclarecer a população sobre os efeitos devastadores dos atuais representantes, sejam no poder executivo ou legislativo, que como aves de rapina disputam a carniça dos seus próprios erros.
No Estado, Romeu Zema parece lutar contra questões políticas e financeiras que comprometem seus planos de enfrentamento da pandemia.
No país a “zona” é mais completa e alguns ministros do STF já não mostram qualquer pudor com suas hilaridades jurídicas na defesa de uma ditadura à base de ingredientes bem “tupiniquins”.
Falta muita coerência, falta brio, falta razão, falta vergonha, sobram abusos e a única coisa aparentemente equilibrada é a nossa passividade frente aos fatos expostos na mídia.
Ao acompanhar os grupos de whatsapp de Nova Serrana, vejo com tristeza pessoas brincando de entender de política. Acompanho comentários de uma política arcaica sem o mínimo fundamento. Assisto a pré-candidatos transvestidos de “santos do pau oco” mostrarem que acordos nefastos são soluções para a cidade.
Nova Serrana não é a cidade que mais cresce no estado. A cidade incha com as mazelas e descasos maquiados por uma geração de políticos, que como produtos vencidos nas prateleiras ainda querem ser consumidos por uma parte da população possivelmente contaminada por interesses próprios.
Não é assim que podemos renovar a política. Com certeza, nunca mudaremos nada se as mudanças não nascerem das nossas consciências. O que chamam de mudanças nada mais é do que a simples troca de personagens que continuam a interpretar uma mesma história e enquanto o enredo não for trocado os erros continuarão a se repetir até que possamos aprender a lição.
Nicolau Maquiavel disse “que a política é a arte da traição”, mas não explicou que esta traição pode estar em nós, uma população viciada em ouvir os mesmos discursos sem perceber que estamos vivendo uma Nova Era, com bons motivos para ajustar nossas vidas.
Não usamos mais o Orelhão para fazer ligações, nem frequentamos aulas de datilografia para arrumar um bom emprego. Os táxis não oferecem mais comodidade do que o Uber e, com a pandemia, tivemos que aprender o nome do vizinho, usar os aplicativos de serviços para não sair de casa e estamos mudando hábitos, que até ontem eram valores culturais inestimáveis.
O Netflix é o canal do entretenimento, You Tube e sites são nossas modernas prateleiras e a vídeo conferência nossa forma de reunir a negócios ou prazeres. A normalidade jamais será como a deixamos no início de março de 2020 e precisamos entender, que depende de nós quaisquer mudanças que queremos e merecemos.
Meu temor é que a “preguiça” seja a vencedora deste momento e nela esteja um futuro indigesto para nós e nossos filhos.
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