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Manaus começa a enterrar vítimas da Covid-19 em valas conjuntas

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Com 2.270 casos confirmados e 193 mortes em decorrência da Covid-19, a Prefeitura de Manaus começou a abrir valas comuns para enterrar as vítimas do novo coronavírus na última terça-feira, dia 21 de abril. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que vários caixões são enfileirados para o sepultamento.

Segundo a prefeitura de Manaus, desde março, houve um aumento de 50% na demanda dos cemitérios da cidade. O rápido crescimento  no volume de óbitos obrigou a gestão municipal a adotar a medida drástica. A entrada da imprensa nos cemitérios foi proibida pela prefeitura e a presença é limitada aos parentes das vítimas.

“A metodologia, já utilizada em outros países, preserva a identidade dos corpos e os laços familiares, com o distanciamento entre os caixões e com a identificação das sepulturas. A medida foi necessária para atender a demanda de sepultamentos na capital”, afirma a prefeitura em nota enviada à imprensa.

Cena parecida já se repetiu em Nova York, epicentro da pandemia do novo coronavírus nos Estados Unidos. Capturadas por drones, imagens mostraram fileiras de caixões sendo enterrados por funcionários vestidos com roupas especiais de proteção e máscaras na Ilha de Hart Island, perto do Bronx.

Câmaras frigoríficas nos cemitérios

Para evitar o mau cheiro causado pela decomposição dos corpos até os enterros, a Prefeitura de Manaus instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério público Nossa Senhora Aparecida. “As câmeras estão sendo utilizadas para o armazenamento dos caixões, enquanto os familiares aguardam o momento do enterro”, informa.

De acordo com o governo do Amazonas, o sistema de saúde da rede pública do Estado está à beira do colapso. Por conta da grave doença respiratória, 91% dos leitos de UTI estão ocupados. Havia 815 pacientes internados até a última segunda-feira.

Foto: Sandro Pereira /Fotoarena/Folhapress

Fonte: O Tempo

 

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